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Nº 240 | 17 Setembro 2021
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Notícias
5 Sentidos
Ensaio
Atualidade
Aos 20 anos, o mundo faz-se de cumplicidades entre amigos e sonhos. Mas também de curiosidade e vontade de ter mundo. De “ganhar” cultura”. De aprender para poder opinar com fundamento.
"Na fachada branca da loja de peças sobresselentes estava pintado um camelo, um copo de leite, uma ventoinha amarela, um carburador azul, uma bateria vermelha e amarela e um pneu preto e azul, todos eles a explodir de movimento como os mísseis dos desenhos animados.”
Fez a sua estreia em Lisboa com dezenas de jornalistas a fazerem a experiência de calcorrear a cidade ao lado de elétricos, bicicletas, carrinhas, automóveis e o buliço habitual de uma metrópole.
Comida alentejana, mesa farta, a riqueza dos petiscos, é o que podemos encontrar no restaurante Palma, agora liderado pelo chef Miguel Laffan.
De Arraiolos não vêm só os tapetes. Há vinho, é branco, é sustentável, é fresco e com notas cítricas envolvidas pelo aroma de maçã verde. Na boca evidência uma leve acidez vibrante e boa profundidade.
“Portugal tem um dos níveis de literacia financeira mais baixos da Europa e isso deve ser corrigido, pois permitirá que mais portugueses procurem alternativas ao único sistema existente, preparando adequadamente a sua reforma em várias frentes.”
O italiano, de 55 anos, radicado em Portugal desde os 15, está em digressão com a peça “Amado Monstro”, na qual, além de intérprete, é o responsável pela adaptação para português. Integra ainda o elenco do remake de “O Pai Tirano”, que estreia este ano e será também uma mini-série na SIC, em 2022. Mas é como argumentista que mais se “realiza na totalidade enquanto artista”. É nesse papel que define assim: “Só sou eu, ideias, histórias e um teclado de computador. Tudo depende só de mim até chegar a um palco ou a um plateau.”
A inevitabilidade do passado é essencial para programar o futuro de Lisboa. Como escreveu Raul Lino, em 1966, “…Os acontecimentos políticos que se estão dando pelo mundo fora, para mim, nesta época de inundações diluvianas, fazem-me o efeito de uma enxurrada devastadora que vai passando pela nossa aldeia, e só tenho o desejo instintivo de que ela não chegue a atingir a rua onde nós moramos.”
Neste país sem ideias, a campanha autárquica inverte o que disse John Kennedy. Muitos candidatos não dizem o que podem fazer pelo país; nunca param de pensar no que o país pode fazer por eles.
Em Portugal poucos ouviram falar dele. Faleceu há alguns dias, aos 68 anos, vítima de Covid-19.
Se existem heróis, ninguém tenha muitas dúvidas, é porque o mundo precisa deles quando está frágil.
Não é a primeira espanhola de nascimento que tenta chegar longe na chauvinista política caseira gaulesa – o ex-primeiro-ministro Manuel Vals, um catalão, faz disso prova viva sem ter de se ir aos compêndios de História Medieval – mas a atual ‘maire’ de Paris propõe-se não só chegar à Presidência da República francesa, como, antes disso, produzir o verdadeiro milagre de fazer renascer o Partido Socialista francês das cinzas onde o ex-Presidente François Hollande o deixou vai para quatro anos.