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Três apostas da nova Palmela Wine Company

A até agora conhecida como Sociedade Vinícola de Palmela (SVP) criou uma nova identidade visual da marca, passando a usar a chancela de Palmela Wine Company, além de ter concluído recentemente uma reestruturação acionista.

A até agora conhecida como Sociedade Vinícola de Palmela (SVP) criou uma nova identidade visual da marca, passando a usar a chancela de Palmela Wine Company, além de ter concluído recentemente uma reestruturação acionista. Os grandes objetivos para os próximos tempos são apostar nos mercados internacionais e reposicionar o portefólio de vinhos da casa, com a introdução de uma gama premium.
Vasco Guerreiro, acionista maioritário da SVP, assinala que “após a reestruturação que efetuámos no corpo de acionistas, acreditamos que estamos capacitados para conquistar um lugar de referência no mercado nacional e além-fronteiras e oferecer qualidade superior, tanto ao nível dos Moscatéis, como nos brancos e tintos de perfil forte e bem vincado pelo terroir que nos distingue”. Com mais de 230 hectares de vinha na região da Península de Setúbal, em parceria com a família Cardoso, as castas predominantes da SVP são Cabernet Sauvignon, Moscatel Roxo, Moscatel de Setúbal, Castelão, Fernão Pires, Arinto, Sauvignon Blanc, Trincadeira, Aragonês e Alicante Bouschet.
Nesta nova fase, a SVP pretende criar uma gama de vinho premium e reestruturar as outras gamas presentes no mercado. “ASerra Mãe e o novo Botelharia são marcas criadas para elevarmos o padrão de qualidade, rigor, excelência e criatividade da oferta. No Moscatel, que tanto nos caracteriza, somos mais versáteis e já conseguimos apresentar um leque de produtos adequados aos vários padrões de consumo. A prova disso é o Moscatel Botelharia, uma edição limitada de apenas 300 garrafas que estagiou 21 anos em garrafa, que chegará brevemente ao mercado”, explica Filipe Cardoso, enólogo e administrador da SVP. Esta é uma das três novidades com que se pretende consolidar a nova imagem da Palmela Wine Company. Vamos por partes e comecemos pelo Grande Reserva tinto 2019, um field blend de Castelão, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, um vinho que reflete bem o terroir atlântico de Palmela. A vinificação arrancou com colheita e escolha de bago manuais. Decorreu depois uma maceração pré-fermentativa prolongada, seguida de fermentação em lagar de pisa mecânica, com controlo de temperatura. Estágio de 16 meses em barricas de carvalho francês. Deve ser provado a 16ºC com pratos fortes de carne e peixe.

Na nova gama Botelharia, há duas opções. A primeira é um branco, também de 2019, uma mistura das castas Fernão Pires e Arinto. Teve uma maceração pré-fermentativa, seguida de uma fermentação em depósito de inox, com temperatura controlada. Tem um grande potencial de evolução. Foi vinificado em barricas de carvalho francês e envelhecido durante 11 anos em garrafa. Deve ser desfrutado a 12ºC com pratos de peixe.
Por fim, o Botelharia Moscatel de Setúbal, de 1996. Segundo o produtor, trata-se de um clássico com 21 anos, envelhecido em ambiente redutor na garrafa, contrariamente ao habitual processo oxidativo em barrica. Foi elaborado pelo método tradicional do Moscatel de Setúbal, com estágio de quatro anos em barricas, antes do envelhecimento no vidro. Recomenda-se que seja saboreado a 12ºC na companhia de sobremesas.

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