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Construído de dentro para fora

Primeiro foi pensado o interior, depois foi pensada a futura condução autónoma, depois o ambiente lounge, e depois ainda foi pensado o luxo com inserções em cristal e depois um up-grade da pele sintética em bancos envolventes tipo baquet.

Primeiro foi pensado o interior, depois foi pensada a futura condução autónoma, depois o ambiente lounge, e depois ainda foi pensado o luxo com inserções em cristal e depois um up-grade da pele sintética em bancos envolventes tipo baquet. Falamos do novíssimo BMW iX que será lançado este mês. O grupo alemão tem ainda previsto o lançamento de uma berlina 100% elétrica, o i4, para o início do próximo ano.

Mas falemos deste SUV/SAV 100% elétrico, com mais de 600 quilómetros de autonomia e que tem algumas particularidades contagiantes a começar pela ausência de aros nas portas, um baixo coeficiente aerodinâmico e baseado na chamada “tecnologia escondida”: o capot não abre. A frente alta como mandam as novas regras de segurança é um polímero que com o arrefecimento consegue regenerar a grelha, ou seja, as pequenas mossas provocadas pelas pedras do pavimento são regeneráveis. A grelha tem um conjunto de filamentos e por detrás está o painel tecnológico com radares e sensores. A tecnologia não fica por aqui porque no interior temos um sistema de aquecimento homogéneo, enquanto o som excecional sai das colunas integradas nos bancos. O condutor tem acesso ao novo sistema operativo 8, com um painel curvo para uma visão periférica. E sempre que possível os botões estão ausentes e o digital assume a supremacia, deixando o veículo incrivelmente mais clean.

E, sendo um carro 100% elétrico do tamanho de um X5, a questão que se coloca é a autonomia e é natural a ansiedade para quem faz viagens longas. Ora, este iX faz mais do que dar a autonomia possível. Analisa o comportamento do condutor e dá-lhe sugestões com a informação da autonomia no modo de condução que está a ser usada, ou então o máximo de autonomia que conseguirá se alterar esse modelo de condução.
E quando se fala dos novos automóveis BMW fala-se de sustentabilidade. Já falámos da pele dos bancos, mas também os tapetes são reciclados a partir de redes de pesca. Na produção do veículo é assegurado que a energia tem 100% de origem em renováveis com a pegada ecológica a reduzir-se em cerca de 80%. Os designers estudaram primeiro o aumento da eficiência e depois especializaram-se no aumento da capacidade das baterias. O coeficiente aerodinâmico é de 0,25, o que o deixa ao nível dos perfis desportivos, enquanto o tipo de suspensão adaptativa permite recuperar energia e torna suave a condução. A BMW coloca à escolha os modelos iX xDrive50 com uma potência de 523 cv e 630 km de autonomia e uma aceleração de 4,6 segundos dos 0 aos 100 km/h; enquanto a versão xDrive 40 tem 326 cv de potência e 425 km de autonomia e precisa de 6,1 segundos para ir dos 0 aos 100 km/h.

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