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Preço do café dispara e cotação vai subir mais com tarifas

A cotação internacional do café disparou no último ano, fruto do clima adverso e especulação do mercado, culminando no início do ano em máximos absolutos e gerando um aumento considerável do preço nas lojas.

De uma média histórica em torno dos 1.700 dólares (1.468,3 euros) por tonelada, os futuros em Londres de robusta, uma das variedades mais vendidas no mundo, chegaram a um máximo acima de 5.700 dólares (4.923,1 euros) em janeiro antes de recuarem na expectativa de uma campanha positiva este ano para cerca de 3.300 dólares (2.850,1 euros).
Segundo o presidente da Lavazza, Giuseppe Lavazza, esta subida deve-se “em 80%” a fundos de investimento e outros especuladores financeiros, que têm levado a um aumento da volatilidade no mercado. Fatores como eventos meteorológicos extremos têm tido um impacto, admite, mas o principal motor são os fundos.
Esta dinâmica agravar-se-á com as tarifas dos EUA a países produtores de café, como o Brasil ou o Vietname, responsáveis por 58% das importações europeias deste bem e cerca de 55% da produção mundial. Estes aumentos serão passados aos consumidores, alertou o líder da empresa de Turim. Por outro lado, e ainda mais relevante para a Europa, a restrição da Comissão sobre a compra de grãos produzidos em terras desflorestadas é mais um fator de pressão sobre os preços, afirmou Lavazza.
Em Portugal, o quinto maior produtor europeu de café, com 2% do total de 2023, ou 49.400 toneladas, este é o bem que mais subiu de preço desde o início do ano. Os dados da DECO Proteste mostram uma subida de 28% até 4,86 euros, enquanto o aumento homólogo foi de 49%.

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