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50 startups, cinco milhões, 100 empregos

Estes são os objetivos que a Startup Leiria tem para o seu novo hub para os próximos três anos.

Até 2028 a Startup Leiria quer atrair 50 startups, cinco milhões de euros de investimento, e criar 100 novos postos de trabalho, através do TEAR Alcanena, um novo hub de inovação e empreendedorismo, que tem como objetivo “transformar o concelho num polo de talento, criatividade e desenvolvimento económico”.
Esta infraestrutura insere-se num plano para a revitalização económica e combate à desertificação do interior, liderado pela Startup Leiria e o município de Alcanena.
O CEO e cofundador da Startup Leiria, Vítor Ferreira, em entrevista ao Jornal Económico (JE), explica quais são as principais dificuldades e desafios encontrados no ecossistema ligado à inovação e empreendedorismo da região, que indústrias pretende atrair para este novo hub e o plano para cumprir com os objetivos traçados até 2028 na área do investimento e dos postos de trabalho.
Vítor Ferreira considera que o talento é uma das principais dificuldades e desafios que se encontram no ecossistema de inovação e empreendedorismo da região.
“Os jovens licenciados continuam a saltar para Lisboa, Porto ou Dublin, deixando-nos com uma pirâmide etária de cabeça para baixo. Sem massa crítica, tudo fica mais difícil — da investigação ao networking de café”, descreve o CEO e cofundador da Startup Leiria.
Em seguida vem o capital. “A esmagadora maioria dos business angels prefere ficar a meia dúzia de quilómetros do Chiado; não se entusiasma com a A23 numa sexta-feira de chuva para ouvir um pitch em Alcanena. E quando o dinheiro falta, demora-se mais a passar da ideia ao protótipo”, acrescenta Vítor Ferreira.
Outro desafio e dificuldade descrita por Vítor Ferreira passa pelas infraestruturas.
“Em 2025, já não basta ter uma autoestrada decente; é preciso fibra e 5G em cada freguesia, caso contrário corremos uma maratona de sapatos de chumbo”, defende Vítor Ferreira.
Vítor Ferreira destaca ainda a importância da existência de uma ligação entre as universidades e as empresas.
“Temos bons centros de Investigação e Desenvolvimento (I&D) à distância de um café expresso, mas a cooperação continua a ser ‘por projeto’, quando devia ser hábito”, considera o CEO da Startup Leiria.
“No caso do TEAR, temos uma boa parte disto resolvida: estamos próximos de Lisboa, temos boas infraestruturas e estamos a colaborar com centros de I&D do Instituto Politécnico de Santarém, de Leiria e da Universidade Nova de Lisboa”, diz Vítor Ferreira.
Apesar de todas as dificuldades e desafios descritos por Vítor Ferreira, a Startup Leiria tem traçado um plano que visa atrair vários tipos de indústrias para o seu novo hub de inovação e empreendedorismo.

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