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A aposta mundial no negócio das competições de clubes

O caminho foi difícil, mas acabou com a FIFA a marcar um golaço à concorrência. Sabe-se que ainda há muito para melhorar, mas uma coisa parece certa: este Mundial de Clubes veio para ficar.

Para quê uma SuperLiga europeia se se pode ter uma SuperLiga mundial? Enquanto vai e vem a discussão em torno da competição que ameaça as ligas europeias, a FIFA avançou com o Mundial de Clubes e agora indica um caminho que pode levar a uma redefinição das competições internacionais.
Com os clubes estrangulados financeiramente, um “bolo” de prémios de 926 milhões de euros é demasiado apetecível. Tão apetecível que o Real Madrid já pediu à FIFA para que organize o Mundial de dois em dois anos.
Na FIFA, sabe o Jornal Económico, o sentimento é que o Mundial de Clubes veio para ficar, apesar de se reconhecer que existem aspetos que devem ser revistos e melhorados.
Mas vamos a números: em 2024, as receitas do negócio global do futebol foram contabilizadas em 7,2 mil milhões de euros por parte da UEFA e da FIFA. A maior soma alguma vez calculada em torno do desporto-rei foi alanvancada sobretudo pelos direitos televisivos, patrocínios e merchandising. Também de acordo com a FIFA, o Mundial de Clubes gerou uma receita de 1,8 mil milhões de euros, o que acabou por se traduzir numa verba de 28,3 milhões de euros por partida. Para se ter um termo de comparação, o último Mundial de Seleções (2022) resultou em sete mil milhões de euros de receitas. E se este Mundial de contou com um milhão de espectadores, a nova competição de clubes da FIFA reuniu 2,4 milhões de adeptos nos estádios. Fora dos recintos desportivos e espalhados pelo mundo, a FIFA estima que 500 milhões de espectadores tenham acompanhado as 63 partidas.
Para a organização, foi importante a aposta em mercados emergentes como o México, EUA, Arábia Saudita e Oceania, não só para a democratização do futebol como na abertura de novas fronteiras comerciais.

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