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Nº 329 | 24 Fevereiro 2025

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Muito se tem falado do modelo económico esgotado, mas em que se traduz, na prática, esse modelo? Energia barata, exportações globais e elevada produtividade são fatores que se erodiram no atual cenário da economia alemã, um gigante dormente durante anos e acordado por uma crise estrutural caracterizada por uma população envelhecida e pouco qualificada, burocracia excessiva e indústria em queda.

Para o líder do instituto baseado em Munique, a necessidade de revitalizar a economia após dois anos de recessão esbarra na pressão para aumentar gastos de defesa, sobretudo dada a limitação em termos de endividamento inscrita na Constituição.

O índice de referência da bolsa de Frankfurt alcançou um máximo histórico na semana passada, com o setor da Defesa a brilhar. Por outro lado, o travão da dívida limita a despesa pública e é desde já uma dificuldade.

A maioria absoluta é o menos provável desfecho das eleições, quando todos os votos estiverem contados. Os partidos têm assim de passar para a incómoda necessidade de conversarem uns com os outros.

Os três pilares da indústria automóvel germânica - BMW, Mercedes e Volkswagen - enfrentam grandes desafios nos próximos tempos, a começar nos preços elevados da energia e a terminar nos desafios nos mercados da China e dos EUA, com as tarifas pelo meio, a concorrência da Tesla e das marcas chinesas, e o vai-não-vai do carro elétrico.

O pessimismo reina na sociedade alemã. Há um debate aceso em torno das regras de imigração, os cidadãos mostram-se insatisfeitos com a situação económica do país e estão preocupados com outra possível guerra na Europa.

O provável próximo chanceler da Alemanha é um profundo defensor da comunhão de agendas entre a Alemanha e os Estados Unidos (mas parece desiludido com Trump), mas também da União Europeia. Tem pouco apreço por Angela Merkel e dois aviões privados.

Do seu portefólio de investimentos faz parte o Grupo Ferpinta, que iniciou a sua atividade em 1962 como Ferpinta-Indústrias de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, dedicando-se, inicialmente, à produção de mobiliário escolar, instalações para setor agro-pecuário e estruturas metálicas para construção civil. A empresa está sediada em Oliveira de Azeméis.

Friedrich Merz, líder da União Democrata-Cristã (CDU), tem na falta de casas no país um dos principais problemas para solucionar. A meta de 400 mil habitações a preços acessíveis por ano, idealizadas pelo anterior governo, está muito aquém do esperado, ao mesmo tempo que o país se depara com mais de meio milhão de sem-abrigo.

Hoje, dia 24 de fevereiro, O Jornal Económico e a Forbes Portugal, em parceria com o Turismo de Portugal, a TSF e o JN, vão promover um evento sobre sustentabilidade e economia na restauração.

É hoje, no Porto, a conferência que traz a Portugal Virgilio Martínez. Peruano e dono de um restaurante que tem sido notícia pelo mundo inteiro, Virgilio é conhecido por utilizar ingredientes indígenas e por ter uma abordagem sustentável que nos pretende não só reconciliar com a terra, mas também garantir um futuro mais equilibrado.

Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, foi entrevistada pelo Jornal Económico a propósito do evento Chefs, Sustentabilidade e Economia, que decorre esta segunda-feira no Museu Soares dos Reis, no Porto.