Entre os grandes destaques eleitorais na Região Autónoma da Madeira está a hecatombe socialista, a expansão autárquica de Juntos Pelo Povo (JPP) e o Chega, e o domínio social-democrata que em alguns municípios incluiu a coligação com o CDS-PP.
A noite eleitoral encerrou para o PS com a perda do poder na Ponta do Sol, que era governada desde 2016 por Célia Pessegueiro. A coligação PSD/CDS-PP, com Rui Luís, retirou a autarquia aos socialistas e assegurou maioria absoluta.
No meio da perda o PS conseguiu manter as Câmara Municipais do Porto Moniz e de Machico, embora tenha mudado a cara do seu presidente, com Olavo Câmara e Hugo Marques, tendo em conta que Emanuel Câmara e Ricardo Franco atingiram o limite máximo de mandatos.
A noite eleitoral trouxe também para os socialistas a perda do vereador que tinham eleito na Calheta, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, e Porto Santo, deixando o PS sem representação no executivo destes municípios. No Funchal, que é o município de maior relevo na Madeira, em 2021 o partido coligou-se com BE, PAN, MPT, e PDR para eleger cinco vereadores. Em 2025 o PS concorreu sozinho e viu o número de vereadores reduzir-se para um.
A força partidária não consegui também eleger vereador em Santana e São Vicente.
A noite acabou por ser positiva para o JPP. Consegue manter o poder em Santa Cruz, com Élia Ascensão, elegendo quatro vereadores, depois de Filipe Sousa ter cumprido três mandatos à frente da autarquia. Pela primeira vez na sua história o partido elege dois vereadores no Funchal, e um vereador na Calheta e Câmara de Lobos.
O Chega elegeu pela primeira vez vereadores na Madeira. A força partidária venceu em São Vicente (três vereadores) e elegeu dois vereadores no Funchal e um em Câmara de Lobos.
Nota de destaque para o CDS-PP que consegue manter a Câmara de Santana.
O PSD confirmou o seu domínio no arquipélago. Em nome próprio o PSD mantém Câmara de Lobos embora perca um vereador, e na Calheta volta a vencer mantendo o mesmo número de vereadores.
O PSD coligado com o CDS-PP consegue manter o poder no Funchal e no Porto Santo, com o mesmo número de vereadores. A coligação recuperou o poder na Ribeira Brava ao movimento RB1 e também a Ponta do Sol onde governava o PS. O resultado mais negativo da coligação veio em São Vicente onde passou de ter o poder e todos os vereadores para perder a presidência para o Chega e eleger menos três vereadores.