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Proposta do 15.º mês teve "muitíssimo mérito", diz Carla Castro

Carla Castro da IL defendeu a necessidade de debater a capitalização das empresas e a reforma da Segurança Social.

A Iniciativa Liberal considera que a proposta de pagamento do 15.º mês teve "muitíssimo mérito" e que se perdeu uma oportunidade de encetar outras discussões cruciais para a economia nacional.

"Perdemos uma oportunidade de discutir outras soluções, como a capitalização das empresas e a reforma da Segurança Social", disse a deputada Carla Castro esta terça-feira durante a Conferência "Orçamento do Estado 2024", organizada pelo Jornal Económico e pela EY, que decorreu em Lisboa.

Recorde-se que esta proposta foi apresentada pela CIP, mas que não foi acolhida pelo Governo socialista de António Costa.

"Há dois temas inultrapassáveis para mim, os pilares de capitalização e a reforma da Segurança Social", reforçou.

"Muitas vezes fala-se do 15.º mês, a questão não é estar a favor ou contra. É preciso ser capaz de olhar para outras soluções e temas que deviam ser postos em cima da mesa e não ser adiados", disse a responsável.

Depois da "maquilhagem", OE 2024 é uma "operação plástica"

A Iniciativa Liberal criticou também o que considera ser a falta de resposta do Orçamento do Estado 2024 (OE) a vários sectores cruciais do país.

"Este é um OE de peças soltas que não monta o puzzle que precisamos para o país", disse hoje a deputada Carla Castro. "Não vimos estratégia no OE que não responde à saúde, educação e ao caos na justiça".

"Este não é o OE que precisamos. Este não é um crescimento que precisemos. É uma operação plástica", afirmou, apontando que é preciso "desmontar muitas das narrativas veiculadas", incluindo as trajetórias do défice e da dívida pública, cuja redução foi alcançada à conta dos "impostos e inflação" e "não de reforma".

As declarações da deputada da IL tiveram lugar esta terça-feira durante a Conferência Orçamento do Estado 2024 organizada pelo Jornal Económico e pela EY, que decorre em Lisboa.

A responsável apontou que "há um ponto que é gritante: os desafios de Portugal ao nível das empresas".

E sublinhou a perda de competitividade do país, devido ao "esforço e complexidade fiscal", e a "pouca previsibilidade para o investimento estrangeiro".

Noutro ponto, destacou a subida dos salários, mas questionou "quais os fundamentos da economia para salários mais elevados", defendendo que deveriam estar indexados ao aumento da produtividade.

"Precisamos claramente de investimento, aumento de investimento", afirmou, considerando que a execução do PRR é "fundamental".

"Gostava de ver as contas certas, se é que estão aí", rematou.