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Espanhóis negoceiam compra do BNI Europa

O BNI Europa tem um novo potencial comprador. É um banco espanhol e informações não confirmadas apontam para a Caja da Extremadura. As negociações avançam rumo a um acordo em breve.

O BNI está a ser vendido a um banco espanhol. Apesar de não haver confirmação, as informações apontam que seja a Caja Extremadura o banco espanhol que está em vias de assinar um Contrato de Compra e Venda (SPA) para a compra do BNI Europa. O processo ainda não chegou ao Banco de Portugal que tem de enviar o processo para o Banco Central Europeu (BCE) para dar autorização.
O português BNI Europa, detido pelo banco angolano BNI, está para ser vendido desde 2019, mas as diversas tentativas falharam até agora. Segundo o Relatório e Contas de 2024 – onde o BNI Europa reporta que passou de lucros de 421,4 mil euros em 2023 para um prejuízo de 1,8 milhões de euros no ano passado – o acionista mantém interesse na alienação da sua posição acionista “estando em curso ações relevantes para este efeito, em fase avançada”.
Ao Jornal Económico fonte oficial diz que “neste momento, não há informação relevante e final para partilhar”.
A possibilidade de venda do capital do BNI a outro investidor, “terá forçosamente impactos ao nível da estratégica a seguir”, segundo o relatório e contas, que ressalva, no entanto que o Conselho de Administração, liderado por Vitor Barosa Carvalho, considera que “essa estratégia não terá diferenças disruptivas face ao caminho seguido pela gestão do banco”.
O valor do negócio não é conhecido, mas o capital próprio do banco no fim de 2024 ascendia a 30,7 milhões, caindo face aos 32,6 milhões reportados em 2023.
Em 2023, um acordo para a venda do BNI Europa a um banco brasileiro não se concretizou, levando à devolução do sinal pago pelo grupo brasileiro Master.
O BNI acordou a venda ao Banco Master em 2021. Os brasileiros chegaram a pagar um sinal de 8,5 milhões de euros que tinha como garantia as ações do próprio banco português caso o negócio não chegasse a um bom porto e o BNI não conseguisse restituir o dinheiro. Com a aquisição do BNI Europa, o Master queria ser “banco dos brasileiros na Europa”. No entanto ano e meio depois de o processo ter dado entrada no Banco de Portugal para aprovação, o banco brasileiro retirou a oferta de compra alegadamente por conta de mudanças nos planos de expansão internacional.
Já antes a Altarius Capital tinha chegado a acordo com o BNI Angola para a compra do banco português, mas após meses de propostas o negócio caiu por terra. Tal como tinha acontecido antes com os chineses do KWG.
O BNI Europa é detido integralmente pelo BNI Angola, que é liderado por Mário Palhares, que também é o maior acionista com 54,47%.
Em junho deste ano a Kassai Capital, empresa de gestão de ativos, ligada ao fundo britânico Gemcorp Capital, entrou em negociações para a compra de mais de 70% do capital social do Banco de Negócios Internacional (BNI), com sede em Angola. Mas o processo, sabe o Jornal Económico, ainda não está fechado e deverá excluir o BNI Europa.
Segundo o jornal Expansão, para além da Gemcorp, empresa que tem vários investimentos em Angola, sendo o mais importante a construção da refinaria de Cabinda, estão também envolvidos no negócio uma instituição financeira vietnamita e um banco sul-africano.
Recorde-se que a Kassai Capital foi criada em fevereiro deste ano e é liderada pelo antigo presidente executivo da BODIVA, Walter Pacheco.

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