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Nº 345 | 29 Setembro 2023
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Netanyahu lá foi fazer o seu ‘número’ à ONU: usou um mapa onde a Palestina não tinha lugar em lado nenhum para explicar a nova fisionomia regional do Médio Oriente
“Timbre” traz um Salvador diferente, longe daquele que se apresentou na Eurovisão e do jazz.
Cantor, autor e pai, o mítico vencedor da Eurovisão quis descontruir a sua mente e, inspirado pela ideia de Aida, quis criar um disco leve e dançante, em jeito de gratidão e celebração à vida.
Ao Jornal Económico, Salvador confessa que odeia a repetição mas que a rotina com a filha lhe traz paz.
Para os concertos, o cantor vai virar o disco ao contrário e descontruí-lo ao jeito da improvisação jazzística.
Entrevista
Harrie Lemmens e Ana Carvalho
A luz de Lisboa, como se sabe, é única. Poetas, cineastas, fotógrafos, escritores inspiram-se nela para criar. “Luz de Lisboa”, agora editado em Portugal pela Contraponto, oferece ao leitor dois olhares sobre a cidade e a literatura portuguesa em oito capítulos. Conversa com Harrie Lemmens e Ana Carvalho.
No seu novo filme, O Sol do Futuro, Nanni Moretti interpreta um consagrado cineasta italiano chamado Giovanni, que está a fazer um filme passado em 1956, sobre o impacto da invasão da Hungria pela URSS numa secção de Roma do Partido Comunista Italiano, tutelada por Ennio (Silvio Orlando), director do L’Unità, o jornal do partido, e também sobre o casamento deste, já que Paola (Barbora Bobulova), a sua mulher, e ao contrário dele, está contra a invasão e não vai ficar quieta. Ao mesmo tempo, Giovanni está também a pensar adaptar ao cinema o conto O Nadador, de John Cheever, e a meditar sobre um filme que nunca chegou a fazer, sobre um jovem casal na Itália dos anos 70 e 80, tendo como banda sonora as melhores e mais populares canções italianas dessas décadas.
À entrada, ficamos a saber mais tarde, é Miss Frou Frou quem nos recebe e encaminha para a mais recente aposta do grupo Amorim Luxury: um restaurante escondido dentro de um restaurante, uma espécie de speakeasy que não quer ser um segredo, mas antes um ponto de encontro para quem gosta de comer bem e de fazer a festa à mesa. O Frou Frou não é um clube secreto, mas é neles que se inspira, sem que nada tenha sido deixado ao acaso, como é, aliás, apanágio do JNcQUOI. Da decoração ao menu, todos os detalhes contam.
Paulo Furtado já viveu muito. Conhecemo-lo nos anos 90, de guitarra em punho, ladeado por Victor Torpedo, Kaló, André Ribeiro e Toni Fortuna, os Tédio Boys, gangue coimbrão reconhecido pelos concertos orgiásticos e pelo rock and roll afogueado que propagavam. Mas nenhum fogo arde para sempre e, ao fim de uma década, separaram-se. Furtado, por exemplo, reinventou-se como o frontman e evangelista rock dos WrayGunn, ao mesmo tempo que vestiu a pele de The Legendary Tigerman, bluesman e banda de um homem só. Desde então, viveu muitas vidas e bebeu de ainda mais músicas e fontes. Zeitgeist, o disco que agora edita, é outra guinada estética; mas não vai apanhar desprevenido quem tiver prestado atenção ao trabalho desenvolvido pelo músico português nos últimos anos.