Para aqui chegar, é preciso, primeiro, atravessar a sala principal do JNcQUOI Ásia, quase sempre agitada. Ao fundo, em frente ao bar, uma porta ostentosa, dourada e pesada. Uma vez aberta, o ambiente muda. Sobressaem os tons amarelos e vermelhos, a música é outra. Há mesas recatadas e outras no centro da acção. O menu, ao contrário da linha usada tanto no JNcQUOI Ásia como no Avenida, é grande e cheio de fotos, qual restaurante chinês.
“Houve aqui uma necessidade de criar um restaurante autêntico chinês bom. Nós todos adoramos e vamos aos chineses street style, mas aqui procurámos oferecer uma experiência mais sofisticada”, conta Marcela de Mello Breyner, responsável pela comunicação da Luxury Amorim, explicando que “o Frou Frou foi todo desenhado pelo [arquitecto belga] Jean-Philippe Demeyer, inspirado na personagem Miss Frou Frou”. “A ideia é também recriar aquele ambiente dos loucos anos 20, do underground, da elite chinesa”, acrescenta Marcela. Para isso, são vários os momentos, aparentemente espontâneos, que vão marcando a noite. Há música tradicional chinesa a ser tocada ao vivo, há DJ e a actuação de Miss Frou Frou – escusado será dizer que é a drag queen a estrela da noite. Tudo, sempre, sem ser intrusivo. “Também queríamos criar aqui uma experiência um bocado diferente em termos de animação”, diz Marcela, destacando o investimento “em tudo o que é luzes e som”. O som é imersivo, as luzes respondem à música. “Queríamos mesmo dar uma nova experiência ao cliente JNcQUOI.”
Aos fins-de-semana, quando o restaurante fica aberto até mais tarde, já há quem dance. Também por isso há uma aposta no bar e cocktails que não se encontram no JNcQUOI Ásia ou Avenida, como aqueles servidos em copos com formas de animais (20€), de macaco e leão.
Quanto à comida, e como já tinha acontecido aquando da abertura do JNcQUOI Ásia, a equipa da cozinha, liderada pelo chef Ku Yan Onn, viajou para Hong Kong para estudar e aprofundar melhor a gastronomia daquele país. Na carta, quase tudo é novidade, apesar de haver um ou outro prato partilhado com o restaurante onde o Frou Frou se esconde, como é o caso do Pato à Pequim (140€), trazido num carrinho e arranjado à frente do cliente – há uma versão excêntrica que lhe junta caviar Ossetra (210€).
Nas entradas, começa a destacar-se a tosta de camarão tigre e sésamo (29€) e os dumplings de lavagante com ovas de salmão (32€), mas são os dumplings fritos de camarão, frango e wasabi (17€) que já estão entre os mais pedidos. Há uma secção de sopas, como se esperaria de um restaurante chinês, pratos de peixe e marisco, onde se encontra o rascasso a vapor ao estilo Sichuan (48€), e carnes. Nas páginas dedicadas ao arroz e aos noodles, há pratos perfeitos para partilhar como o arroz cantonês com porco char siu, pato assado e ovo (48€).
“Tem corrido super-bem, as pessoas gostam imenso, temos notado que aos fins-de-semana é um sítio onde as pessoas gostam de estar. É intimista, acolhedor. A acústica funciona super-bem, há um grande jogo de luz e as pessoas ficam sempre surpreendidas pelos vários momentos diferentes que acabam por encontrar durante a noite”, aponta Marcela de Mello Breyner. Nada que não seja habitual no grupo Amorim Luxury, conhecido pelos grandes investimentos no sector do luxo. E Marcela confirma: “O cliente JNcQUOI está sempre à espera de mais alguma coisa, quer saber qual é que vai ser o nosso novo projecto, o que vamos fazer agora.” Isso explica as mesas cheias num restaurante que não se anuncia. Depois disto, virá o hotel, não muito longe daqui, que se espera super-exclusivo, tal como o restaurante planeado para ali.