Um bilião de dólares. É isto que a OpenAI, a criadora do ChatGPT e poster da ascensão da inteligência artificial (IA), já investiu, nos últimos meses, em negócios que lhe permitem estender tentáculos, transversalmente, na indústria tecnológica.
No início do mês arrecadou o título de empresa não cotada mais valiosa, quando superou os 500 mil milhões de dólares (425 mil milhões de euros), ultrapassando assim a Space X, de Elon Musk.
Mas, antes disso, no início do mês de setembro, iniciou uma ronda de negócios milionários com a assinatura do contrato de computação mais avultado até ao momento com a Oracle, no valor de 300 mil milhões de dólares (cerca de 256 mil milhões de euros). Um acordo que deverá entrar em vigor em 2027. Larry Ellison agradeceu e, por momentos, foi o homem mais rico do mundo.
Depois, a Nvidia, especialista na produção de chips para IA, anunciou que iria investir até 100 mil milhões de dólares (84,8 mil milhões de euros) na empresa liderada por Sam Altman.
Esta “parceria estratégica” prevê a construção de novos centros de dados e a aplicação de 10 gigawatts (GW) de chips na infraestrutura da OpenAi. De acordo com as duas empresas, a primeira fase da parceria vai estar completada na segunda metade de 2026.
Ainda em setembro, a startup viu o valor do seu acordo com a CoreWeave, assinado em março, a ter um acréscimo de 6,5 mil milhões de dólares (5,57 mil milhões de euros), depois de já ter tido um aumento em maio de quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros). Assim o valor do contrato subiu para 22,4 mil milhões de dólares (19,2 mil milhões de euros).
Outro acordo anunciado pela empresa de Sam Altman, foi a entrada da startup na AMD, empresa de computação adaptável. No início do mês, as duas empresas apertaram as mãos, num acordo que deixa a AMD implementar chips de inteligência artificial (IA) na dona do ChatGPT e, onde a AMD se compromete a entregar 160 milhões de ações, o equivalente a 10% da empresa, à OpenAI.
Nos termos do acordo, a AMD vai ainda disponibilizar 6GW de GPUs Instinct nos próximos anos.
Já o mais recente negócio da startup foi com a Broadcom, com a assinatura de um acordo plurianual para uma colaboração na criação de 10 GW de aceleradores de IA personalizados.
O acordo define que a OpenAI fique responsável pelo desempenho dos chips, enquanto a Broadcom fica encarregue do desenvolvimento e implementação, que está prevista para a segunda metade do próximo ano.
Na opinião do CEO da startup, todos estes acordos são estratégicos para o futuro da empresa, nomeadamente para a construção de “infraestruturas necessárias para desbloquear o potencial de IA”.
Segundo o Financial Times, nos acordos com a Oracle, Nvidia, AMD e Broadcom, a OpenAI comprometesse a adquirir mais de 26 GW de capacidade, a um custo aproximado de um bilião de dólares (856,98 mil milhões de dólares).
Para cumprir com os seus compromissos a startup já está a traçar um plano para adquirir novas fontes de receitas.
Para além de negócios multimilionários, a startup também anunciou o seu primeiro projeto na América do Sul, o ‘Stargate Argentina’, em parceria com uma das principais empresas energéticas do país, a Sur Energy.
Este projeto prevê o investimento de 25 mil milhões de dólares (21,45 mil milhões de euros) no país, para a construção de um megacentro de dados, com uma capacidade de até 500 megawatts. Este centro será destinado a sustentar operações de computação avançada de IA.
O projeto deverá estar concluído num período de dois anos.
Sam Altman olha para este projeto como uma oportunidade de “democratizar a IA na Argentina e na América Latina”.
OpenAI em todo o lado ao mesmo tempo
Empresa liderada por Sam Altman já investiu um bilião de dólares (cerca de 856,9 mil milhões de euros). Oracle, Nvidia, AMD e Broadcom fazem parte desta teia de negócios.
