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Fluxo de emigração jovem no ano passado foi o mais alto em quase uma década

Pandemia trouxe inversão de tendência, tendo havido um aumento de saídas de forma sistemática desde 2021. Nesse ano, a taxa de emigração jovem atingiu os 15,1%, diz Banco de Portugal.

Quase 20 mil portugueses entre os 15 e os 34 anos saíram no ano passado do país de forma permanente ou, pelo menos, com essa intenção. Seria necessário recuar a 2016 para encontrar um fluxo maior, segundo as contas do Banco de Portugal com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística. No entanto, não há dados sobre os retornos e a realidade é ainda distante dos tempos do resgate financeiro.
O número de novos emigrantes jovens nascidos em Portugal chegou a superar os 30 mil em 2013 e muito perto desse valor um ano antes. A partir de então iniciou-se um processo de descidas consecutivas que duraria vários anos, desde os 27,5 mil novos emigrantes em 2014 até aos 13,6 mil de 2020. Depois, com a pandemia, houve uma inversão: 14,2 mil em 2021, 17,3 mil em 2022, 19,3 mil em 2023 e 19,7 mil no ano passado — apesar de tudo, a subida menos expressiva deste período (2,1%).
Um total de 11,7 mil tinha entre 25 e 34 anos e 8,1 mil entre 15 e 24. Nos dois casos, são os maiores valores desde 2016, apesar do abrandamento do último ano em análise.
O Banco de Portugal avisa, no entanto, que não existem dados detalhados sobre os fluxos de retorno de emigrantes, pelo que boa parte da análise do estudo se centra no número acumulado (stock) e não nas novas saídas (fluxo) de jovens. O supervisor sublinha ainda que “uma avaliação do impacto económico da emigração jovem exigiria um conhecimento aprofundado sobre estes dois fluxos brutos”.

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