A EDP está a estudar a possibilidade de participar no concurso lançado pelo Governo com vista a atribuir o ponto de ligação à rede elétrica que pertencia à central do carvão do Pego.
Com capacidade para 600 megawatts (MW), a EDP admite que a sua proposta pode passar pelas energias renováveis e pelo hidrogénio verde deste ponto localizado no distrito de Santarém.
“Estamos a olhar para a oportunidade do central do Pego. Estamos a analisar, mas ainda não terminámos. Havendo condições e se acharmos que conseguimos uma proposta competitiva” a empresa vai participar no concurso, disse o presidente da EDP num encontro com jornalistas na quinta-feira, à margem da inauguração da sua primeira central eólica na Grécia.
A proposta poderá ter uma “componente de renováveis”, mas também uma “componente de hidrogénio” verde, disse Miguel Stilwell de Andrade.
A central a carvão do Pego era detida pela Tejo Energia: 56,25% detidos pela TrustEnergy (um consórcio entre os franceses da Engie e os japoneses da Marubeni) e 43,75% pertencentes à Endesa (elétrica espanhola detida pelos italianos da Enel), portanto ‘rivais’ da EDP na produção de eletricidade no país. Mas perante o desacordo entre os dois acionistas, o Governo decidiu lançar um concurso para decidir o futuro do ponto de ligação. Tanto a TrustEnergy como a Endesa vão participar neste concurso, com as propostas a terem de ser entregues até meados de janeiro.
Conforme explicou recentemente o ministro do Ambiente, o terreno da central pertence a estas empresas, mas o projeto vencedor vai poder fazer a ligação a este ponto de rede quer esteja instalado em terrenos vizinhos ou a quilómetros de distância.
João Pedro Matos Fernandes já disse que há vários tipos de propostas, incluindo a “produção de eletrolisadores, que produzem hidrogénio verde a partir da água; projetos de produção de energias renováveis e gases renováveis; projetos de produção de pequenos camiões elétricos; está prevista uma central solar de 1 gigawatt”.