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Fed deverá remover estímulos mais rapidamente

Indicação de que a Fed removerá estímulos mais rapidamente e dados robustos dos EUA fazem contrapeso aos receios sobre inflação.

Os mercados acionistas mundiais acabaram, na sua generalidade, por registar recentemente um movimento de consolidação, ainda que com intervalos mais ou menos amplos, dependendo da geografia. Nos últimos dias ocorreram dois fatores que se contrapuseram na mente dos investidores. Primeiro, os constantes receios sobre a inflação. Em segundo, um conjunto de dados macroeconómicos robustos [principalmente nos EUA]. Sobre o primeiro ponto, continuam a ocorrer discussões acesas, quer entre analistas, quer dentro dos bancos centrais.

No Banco Central Europeu (BCE) as disputas começam a ser cada vez mais públicas, com o presidente do Bundesbank e membro do Conselho de Governadores, Jens Weidmann, a contradizer publicamente a “linha de pensamento” da instituição. Já no caso da Reserva Federal norte-americana (Fed), as minutas da última reunião revelaram a predisposição dos membros do Comité a remover os estímulos monetários a um ritmo mais rápido de forma a manter a inflação sob controlo. Já sobre o segundo ponto, o robusto crescimento da economia norte-americana no terceiro trimestre e a queda para mínimos de 52 anos dos pedidos de subsídio de desemprego geraram algum otimismo.

Nas cotadas de Wall Street destaque para a farmacêutica norte-americana Pfizer, que viu a Agência Europeia do Medicamento aprovar a utilização da sua vacina contra a Covid-19 em crianças entre os cinco a onze anos de idade. Já na temática nos automóveis elétricos, Elon Musk, CEO e Co-Fundador da Tesla, vendeu mais 931.091 das ações que detém na empresa, num valor de cerca de 1,05 milhões de dólares, elevando o montante total que vendeu nas duas últimas semanas para 9,9 milhões de dólares, movimentos que penalizaram as ações da cotada.

Em território europeu, destaque para a Telecom Italia, cujas ações registaram ganhos de mais de 30%, após a KKR ter apresentado uma proposta para adquirir a empresa italiana, avaliando-a em 10,8 mil milhões de euros. Já a sueca Ericsson chegou a um acordo para a aquisição da empresa de comunicação em cloud Vonage, por 6,2 mil milhões de euros, enquanto a alemã, Deutsche Telekom prepara a venda da sua unidade de serviços tecnológicos, T-Systems. No Reino Unido, a operadora postal Royal Mail registou um lucro surpresa de 400 milhões de libras nos seis meses até setembro.

Por fim, em Portugal, a Mota-Engil subiu o montante total da sua oferta de obrigações, passando agora a emitir 110 milhões, um acréscimo de 35 milhões face ao anunciado no início do mês. Destaque também para a Altri, que registou um lucro de 92,8 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que corresponde a uma subida de cerca de 282% face aos 24,3 milhões que se verificaram no período homólogo. As receitas ascenderam a 635,3 milhões de euros, um aumento de 35,3% face ao mesmo período de 2020. A contribuir para esta subida esteve, principalmente, um novo recorde absoluto na produção de pasta de papel, que se fixou em 865,9 mil toneladas. 

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