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Nº 333 | 30 Junho 2023
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Bjorn Hocke conseguiu a extraordinária proeza de ser considerado o líder da direita da extrema-direita alemã – um país onde a direita da direita conservadora se confunde facilmente com a extrema-direita, principalmente se for na Baviera, os social-democratas do SPD detestam ter de detestar a Rússia, os liberais gostam de contar com um banco central poderoso e a esquerda ecológica esqueceu quem era o casal Andreas-Ulrike e agora é militarista. Convenhamos que é difícil de seguir, mas o certo é que os alemães dão mostras de compreender aquilo tudo e trataram, no passado fim-de-semana, de votar em massa no FdP, perdão, no AfD (calma, não é nada disso: FDP são as iniciais do partido liberal) da Turíngia, tendo eleito um senhor qualquer para um cargo qualquer.
As cigarras formam um coro orelhudo sob o sol escaldante, tal como cá. O verde seco, o azul saturado do céu e do mar e até os tons de areia são primos, mas com sotaques diferentes. Em Montpellier, no sul de França, achamos uma cidade pequena que almeja ser grande - das maiores -, e na qual um português se vai sentir estranha, mas intrinsecamente, em casa. Ou não fosse este canto recôndito da Occitânia um forte medieval de queijos e vinhos, dispostos orgulhosamente em todas as mesas, das mais caras às mais baratas. Aqui, numa das cidades mais velhas de França e do continente europeu, que continuamente quer rasgar rio adentro até ao mar, num frenesim de contemporaneidade e design, mandam os jovens - estudantes - que compõem quase dois terços da população residente. Na primeira noite, à nossa chegada, cumprimentaram-nos com uma clássica sincronia regurgitante e intoxicada, a escassos metros da fachada de uma das mais antigas faculdades de medicina do mundo. À segunda, presentearam-nos com um festival académico pingado de hits peganhentos dos anos 2000. À terceira, rebentavam as costuras das estreitas ruas en follie. Quem se esgueirava pelo ar suado, ombro a ombro, não se sentiria longe do Bairro Alto. E ainda bem, que há coisas que é melhor não estranhar.
O Graficalismo Design Studio é o grande “culpado” por um delírio que envolve 99 meias. Porquê? Porque quis ensaiar inovação, design e comunicação num vídeo com humor e caretas de Bruno Aleixo. Se o “Lol Ironic” entrou no léxicode muita gente, que tal calçar um ‘statement’ igualmente divertido?
A sua identidade musical é o Pop e o Pop Dance. Adora dançar e quer transmitir “boas ‘vibes’ e alegria” com a sua música, que é em inglês e vai beber inspiração a referências internacionais, muitas delas aos anos 80 do século passado. Tem um gosto musical eclético, embora o single seja “super ABBA”, como define a própria.
No mundo da moda, alguns protagonistas brilham mais intensamente do que outros, e uma dessas estrelas maiores é Sara Sampaio. Nascida a 21 de julho de 1991 no Porto, Sara Pinto Sampaio venceu com a sua beleza, talento e determinação inabaláveis. Desde criança que Sara sonhava ser atriz e tornou-se modelo com esse objetivo. Com um rosto angelical, olhos hipnotizantes e um corpo escultural, não é de admirar que, logo cedo, tenha chamado a atenção dos ‘caçadores de talentos’. Aos 15 anos, em 2007, venceu o concurso ‘Cabelos Pantene’ e, a partir desse momento, a sua carreira descolou. No entanto, o caminho para o sucesso não foi fácil para Sara. Enfrentou muitas rejeições e obstáculos. Mas a sua determinação inabalável e ética de trabalho incansável ajudaram-na a superar as adversidades.
Dolores Roach esteve 16 longos anos na prisão, após ter sido apanhada com uma grande quantidade de canábis no apartamento que partilhava com o namorado, entretanto desaparecido. Ao sair, volta ao bairro onde vivia em Nova Iorque para dar de caras com a gentrificação. Sem dinheiro, sem casa e sem família, um velho amigo deixa-a fazer massagens na cave da sua loja de empanadas. Um espaço que será também o palco de banhos de sangue que começam por uma questão de sobrevivência. Livremente inspirada na lenda de Sweeney Todd, esta é a história de “The Horror of Dolores Roach”, cujos oito episódios estreiam na Prime Video a 7 de julho e que, antes de ser série, já foi uma peça de teatro e também um podcast.
“A Guerra dos Chips” revela como a China tenta alcançar a supremacia nos semicondutores, enquanto os Estados Unidos se posicionam para impedir o país asiático de ganhar a dianteira.
Vai ser um pouco difícil não amar perdidamente os doces de inspiração francesa que se servem agora na nova pâtisserie do Torel Palace Porto. Baptizada de Florbela, em homenagem à poetisa portuguesa Florbela Espanca, esta pastelaria bem ao estilo parisiense instalou-se na biblioteca do hotel de cinco estrelas, na Batalha, também ele com queda para a literatura. Destino esse que ficou traçado desde cedo, ainda durante as obras de remodelação do edifício, que já foi sede da Real Companhia Velha, empresa ligada ao vinho do Porto e também uma escola. Nessa altura, foi encontrada numa das salas de aula, hoje transformadas em luxuosos quartos, uma antiga pintura do escritor Almeida Garrett.
Um filme de acção e aventuras também se mede pela qualidade do vilão, e o de Mads Mikkelsen em Indiana Jones e o Marcador do Destino (que devia ser “Mostrador do Destino”…) de James Mangold, é o pior de todos os filmes da série: um cientista nazi que os americanos salvaram para o aproveitar no programa especial da NASA que levou o Homem à Lua (uma referência preguiçosa, e mais do que óbvia, a Wernher von Braun). O seu Dr. Voller é tão gelado e tão imperturbável que, estando no filme, Mikkelsen parece estar sempre com a cabeça noutro sítio, e Voller, em vez de perfídia e amoralidade, projecta tédio e desinteresse, como se estivesse ali apenas a passar o tempo.