Bjorn Hocke conseguiu a extraordinária proeza de ser considerado o líder da direita da extrema-direita alemã – um país onde a direita da direita conservadora se confunde facilmente com a extrema-direita, principalmente se for na Baviera, os social-democratas do SPD detestam ter de detestar a Rússia, os liberais gostam de contar com um banco central poderoso e a esquerda ecológica esqueceu quem era o casal Andreas-Ulrike e agora é militarista. Convenhamos que é difícil de seguir, mas o certo é que os alemães dão mostras de compreender aquilo tudo e trataram, no passado fim-de-semana, de votar em massa no FdP, perdão, no AfD (calma, não é nada disso: FDP são as iniciais do partido liberal) da Turíngia, tendo eleito um senhor qualquer para um cargo qualquer.