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TAP, Novobanco e 48 outras empresas juntam-se ao pacto para "mais e melhores empregos" para os jovens

Há mais empresas comprometidas a melhorar o emprego jovem: cresce para 101 o número de empregadores signatários do pacto para "mais e melhores empregos" para os jovens, iniciativa da Fundação José Neves e do Governo.

Depois de no início do ano 50 empresas terem assinado um pacto com vista a disponibilizar "mais e melhores empregos" aos jovens, meia centena de outros empregadores decidiram juntar-se e vão formalizar esta segunda-feira a sua adesão. Entre as novas empresas que passam a fazer parte desta iniciativa promovida pela Fundação José Neves e pelo Governo, estão a TAP, o Novobanco, a Vodafone a Semapa.

"O encontro [desta segunda-feira] formaliza a adesão de 51 novas empresas, que se juntam às primeiras 50 empresas aderentes. A reunião, a realizar no Picadeiro Real de Belém a partir das 14h30 de 10 de julho, conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, de José Neves, das entidades associadas, das empresas signatárias e dos seus jovens representantes", indica a referida fundação numa nota enviada às redações.

As empresas que fazem parte deste pacote, importa explicar, comprometem-se a reforçar até 2026 a sua aposta, nomeadamente, na contratação e retenção de jovens trabalhadores, bem como a garantir o emprego de qualidade para os jovens e a formar, desenvolver e "dar voz" a esses trabalhadores.

Na reunião desta segunda-feira, já considerando as 101 empresas signatárias (que, no seu conjunto, representam um volume de negócios de 76 mil milhões de euros e 260 mil empregos), serão também atualizadas as projeções do impacto desta iniciativa no mercado de trabalho: prevê-se um aumento de 14% dos jovens contratados pelas empresas em 2026; Um aumento de 7% dos jovens que permaneceram nas empresas dois anos consecutivos em 2026; E um aumento de 10% dos jovens com contrato sem termo em 2026.

Além disso, no que diz respeito aos ordenados, antecipa-se, no âmbito deste pacto, um aumento de 7% dos jovens com ensino superior com salários acima dos 1.320 euros em 2026.

Por outro lado, prevê-se um aumento de 3% dos jovens com ensino superior a trabalharem em funções adequadas ao seu nível de escolaridade em 2026.

"As empresas signatárias do Pacto reconhecem a urgência em atuar de forma estratégica e em unir esforços no sentido de promover o emprego dos jovens e de criar condições de emprego mais atrativas para estes, alinhadas com as expetativas individuais e nacionais", explica a Fundação José Neves.

De notar que este pacto surge na sequência do lançamento do Livro Branco em dezembro de 2022, documento faz um diagnóstico sobre o emprego dos jovens em Portugal.

Conforme escreveu o Jornal Económico, nesse livro, observa-se, por exemplo, que os jovens estão hoje numa posição particularmente frágil no mercado de trabalho, já que desde 2015 que o desemprego entre estes indivíduos é mais do dobro da taxa geral, e as oportunidades que estão disponíveis tendem a ser mais precárias e associadas a salários baixos.