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Setor em fase de aceleração digital

A indústria acredita no potencial da inteligência artificial, mas ainda é preciso desbravar caminho na otimização de processos e no contacto com o cliente.

Marco Navega, Chief Technology and Operations Officer da Zurich Portugal, e Pedro Santos Gomes, Partner da Askblue, consideram que a tecnologia e a automação de processos são fundamentais para o futuro do setor, porque vão definir o que este terá para oferecer e como se apresentará.
“A definição de maturidade digital vai-se alterando. Nós não operamos sozinhos dentro de mercado, temos uma responsabilidade acrescida, de criar condições para que os parceiros se consigam conectar a nós. Se queremos crescer com qualidade, temos que automatizar muita coisa interna”, diz Marco Navega.
O conceito de interoperabilidade e de coerência entre os diferentes canais ganha relevância. “O nosso principio é que a tecnologia é um meio e não fim. Operamos numa indústria de confiança, na humanidade que caracteriza este setor”, acrescenta.
Para isso, é necessário literacia digital. Navega defende um caminho que tem de ser “feito em conjunto”, que os colaboradores também tragam conhecimento para dentro dos departamentos e que o processo deverá ser feito num “equilíbrio constante”.
Pedro Santos Gomes considera que o setor tem bom nível de adoção de tecnologia de IA e machine learning, mas grande parte das vendas continua a ser feita de forma operacional. “A digitalização ainda não é global. Vendemos mais nos canais tradicionais do que nos digitais. O ciclo de vida do seguro raramente se consegue fazer de forma totalmente digital”, explica. “Há muito potencial para melhorar, temos de trabalhar a melhoria da experiência digital e simplificar processos”, diz.
Santos Gomes considera também que a indústria seguradora ainda tem bastante potencial para evoluir. “A disponibilidade de dados, a qualidade de dados e o talento são grandes desafios”, afirma.
Aponta que os gestores estão a “investir” e a “acreditar no potencial” da IA. Porém, ainda “há muito para fazer na otimização dos processos internos e no contacto com o cliente”, defende. AS

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