Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Esta frase foi popularizada e utilizada pelos escritores Stan Lee e Steve Ditko na estreia da personagem Homem-Aranha, na revista da Marvel em 1962.
A citação tem origem algures no século XVIII, mas tem sido utilizada por grandes figuras ao longo da história, como Winston Churchill ou Franklin D. Roosevelt,
No entanto, também pode perfeitamente aplicar-se às gerações mais novas que segundo Diogo Baptista, Head of Pre-Sales Capgemini Portugal, só vão ter ideia da importância de um seguro de risco, quando tiverem encargos à sua responsabilidade.
“Mais de 70% da geração abaixo dos 40 anos no território europeu não planeia ter um primeiro filho nos próximos tempos, não planeia comprar casa. Essa noção só irá mudar quando tiverem um filho ou um carro”, referiu no painel dedicado ao tema, ‘Desafio dos novos comportamentos. Todos diferentes’,
Presente no painel esteve Diego Costa Pinto, Diretor do NOVA Marketing Analytics Lab, que alertou para o facto da geração mais nova ter hoje em dia uma maior preocupação em subscrever Youtube e Netflix e não seguros.
“Os jovens têm um uso de tecnologia semanal, muito maior do que a geração mais velha e por isso estão mais expostos aos riscos de uma vulnerabilidade digital”, afirmou.
Com base neste cenário, Luís Rasquilha, CEO da Inova Consulting (tendências, inovação e futuro do consumo), sublinhou que, atualmente, a informação disponível na internet duplica a cada 12 horas, o que leva os mais novos a optarem por profissões ligadas aos conteúdos digitais.
“No Brasil, há mais pessoas que dizem que são influencers, do que médicos, advogados, professores e engenheiros juntos. Estamos a entrar em territórios de quase esquizofrenia”, sublinhou.
Outro dos pontos abordados foi a forma em como a inteligência artificial (IA) está a ajudar as seguradoras em gerir os constrangimentos com o cliente, bem como transmitir uma maior transparência.
“A população está mais adepta para usar a tecnologia e se confiarem nela, se calhar as próprias seguradoras aproximam-se mais das necessidades que vão aparecendo ao longo da vida”, referiu Diogo Baptista.
Por sua vez, Luís Rasquilha considerou que o mercado segurador tem a sua discussão no modelo mental.
“Temos de ter um modelo orientado para cada cliente. A Europa ainda é muito resistente à mudança. As empresas têm de abandonar o saber fazer e introduzir o saber pensar”, sublinhou.
Sobre a evolução da inteligência artificial, o CEO alerta que a computação quântica, algo que ainda não é muito falado aos dias de hoje, mas que fará com que tudo o que se vê atualmente em IA vai estar ultrapassado.
“Isto dá-nos uma dor de barriga, porque não fomos preparados para isto”, afirmou, dando como exemplo todo o processo evolutivo na área da educação.
“Se olharmos para as nossas licenciaturas. Quem teve uma matéria dedicada a cenários e futuro? Quem teve disciplinas sobre questões de sustentabilidade? Alguém teve disciplinas sobre transformação digital?”, salientou.
Novas gerações só terão noção de seguros quando forem pais
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Diogo Baptista, Head of Pre-Sales Capgemini Portugal, diz que os jovens, atualmente, ainda não têm ideia da importância de ter um seguro de risco.