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Savannah admite ser alvo apetecível para gigantes do setor

Lítio : A mineira admite vender para fora da Europa nos primeiros anos por os projetos previstos para o continente ainda não estarem em operação quando a mina arrancar.

A Savannah admite ser um alvo apetecível para gigantes do setor mineiro. A mineira britânica está a desenvolver o projeto da mina de lítio para Boticas, Vila Real, com o objetivo de fornecer este minério para fabricantes de baterias de carros elétricos.
“As maiores empresas internacionais olham para oportunidades como a Savannah, mas estamos focados em executar o projeto”, disse o presidente-executivo esta semana.
“Somos um projeto importante na indústria. A atividade de compras e fusões no setor deverá manter-se, mas o nosso caminho é claro:executar o projeto. Vemos aí mais valor do que uma venda no curto prazo”, afirmou Emanuel Proença num encontro com investidores, destacando que o seu projeto é o mais avançado a nível europeu. O gestor destacou a base acionista da empresa como uma das razões para um negócio não acontecer no curto prazo.
O maior acionista da companhia é a AMG Lithium, uma empresa alemã especializada na refinação de lítio, com quase 16% da empresa. Segue-se a Al Marjan, um fundo privado de investimento de Omã, que detém 13%.
Na terceira e quarta posição, estão os dois acionistas nacionais: Lusiaves e Mário Ferreira., com 10% cada um. Na quinta posição, os australianos da Slipstream com 3% do capital.
A Savannah disse esta semana que continua à procura de mais um parceiro estratégico.
A companhia também admite vender a sua produção inicial para fora da Europa no arranque do projeto. Na base desta previsão está o calendário dos projetos europeus que ainda não estão em operação quando a mina arrancar em 2027. A grande maioria dos projetos deverão arrancar até 2030/2032.
Opresidente-executivo da mineira britânica prevê que nos “primeiros dois anos” a companhia vai vender a sua produção para fora da Europa, esperando que depois fique concentrada em vender lítio para os “mercados europeus”.
Emanuel Proença adiantou que a AMGcontinua interessada em abrir uma refinaria de lítio em Portugal.
“Há interesse da Savannah e da AMGem melhorar a possibilidade da refinaria da AMG vir para Portugal”, afirmou.
Portugal tem sido palco de vários anúncios recentemente relacionados com a mobilidade elétrica, incluindo a refinaria da Lifthium em Estarreja, a fábrica de baterias dos chineses da CALB em Sines, um investimento de 2 mil milhões de euros, os carros elétricos fabricados pela Stellantis em Mangualde, ou o novo elétrico low cost da Volkswagen, o ID.1 que vai ser fabricado na Autoeuropa.
Dos projetos estratégicos europeus, “1 em cada 4 projetos é na Ibéria. Isto é importante para Portugal e para a Ibéria”, defendeu Emanuel Proença.
Sobre os preços do lítio, destacou que os valores atuais permitiram à empresa atingir o break-even, mas a previsão é “trabalhar com preços consistentes com o desenvolvimento da indústria que vai crescer 20% por ano no futuro”.

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