AGalp continua à procura de um parceiro estável para uma relação duradoura na Namíbia. Requisitos: capacidade financeira alargada, experiência em produzir petróleo em alto-mar, e com conhecimento sobre como furar e gerir poços a mais de mil metros de profundidade, com uma gigantesca coluna de água por cima. Em suma, apenas cerca de 10 empresas em todo o mundo preenchem estes requisitos para uma dura tarefa numa região onde ainda não existe produção de petróleo, apesar das perspetivas promissoras.
“Já estamos a falar com várias empresas, todas altamente credíveis, operadores de topo”, disse a co-CEO Maria João Carioca numa chamada com analistas esta semana.
A Galp prevê tomar ainda este ano a decisão de venda de uma participação de 40% no seu projeto de petróleo na Namíbia, mas garante que não está sob pressão e que o seu calendário é flexível.
“Já iniciámos a partilha de dados”, acrescentou a gestora, adiantando que a tomada de decisão vai “demorar tempo”, num processo “sem procrastinação e sem pressa”.
A petrolífera prevê assim uma “tomada de decisão firme mais tarde este ano”, com o cenário base a ser o quarto trimestre deste ano. “Esperamos estar a partilhar dados até meados do verão”, acrescentou.
A empresa espera investir este ano entre 100 a 155 milhões de euros na Namíbia, tanto para perfurar poços como para realizar testes sísmicos.
Durante a chamada, a responsável foi questionada sobre porque é que o processo de venda não chegou a avançar em 2024.
“Chegámos a um entendimento mútuo de que ainda era preciso informação sobre Mopane e todo o bloco, e isso seria produtivo para todas as partes interessadas”, explicou.
Maria João Carioca apontou que as empresas precisavam de “compreender melhor o ativo”. “Estamos agora a partilhar essa informação. Este é o momento certo para voltarmos a conversar e termos informação para alimentar uma discussão produtiva”.
Em 2024, mais de 12 empresas mostraram o seu interesse nesta participação incluindo as gigantes Exxon, Shell ou Petrobras, noticiou a “Reuters”.
“O poço 5 foi furado em segurança. Este é outro poço de sucesso na região sueste de Mopane, uma área excitante para nós. Estamos focados em integrar os dados recolhidos (…). O passo natural é avançar com uma parceria”, segundo a executiva que garantiu que a empresa mantém a previsão de potencial extração de 10 ml milhões de barris de petróleo.
Galp continua em busca de parceiro estável na Namíbia
Energia : A companhia está em negociações com diversas empresas para vender uma fatia de 40% na produção de petróleo no país africano. Investimento no país pode atingir 150 milhões este ano.
