Skip to main content

Diferendo com a TAP? “Só defendemos igualdade nas vendas”

Viagens a Companhia lançou campanha para os clientes finais comprarem passagens a prestações em venda direta. “É uma enorme falta de sensibilidade, mas não podemos determinar os comportamentos da TAP”, diz líder da APAVT.

Acampanha lançada pela TAP que permite aos clientes finais comprarem a opção de comprar passagens em três prestações, mas apenas em venda direta e não permitir o mesmo sistema quando o comprador se trata de uma agência de viagens não caiu bem dentro deste setor.
“É uma enorme falta de sensibilidade e tenho pena que assim aconteça, mas não podemos determinar os comportamentos da TAP, apenas podemos dialogar e chegar a bom porto nas nossas negociações”, refere Pedro Costa Ferreira, Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), à margem da 13ª Feira do Turismo de Macau, que decorreu entre os dias 25 e 27 de abril e onde o JE esteve presente.
Apesar desta situação, Pedro Costa Ferreira assume que existe uma boa relação com a atual administração da TAP, em especial com o presidente, Luís Rodrigues e que esta situação é apenas mais um momento de tensão, entre duas empresas que são as principais fornecedoras de clientes da outra.
“A única coisa que defendemos é a igualdade de oportunidades na venda direta da TAP e na venda através da distribuição. Só assim, é que temos uma verdadeira liberdade de escolha do consumidor”, afirma o presidente da APAVT.
No entanto, Pedro Costa Ferreira assume que só dialogar não basta e que é necessário chegarem-se a conclusões e definições.
“Acho que ficaremos todos piores se não chegarmos a uma conclusão”, salienta, realçando que quando não existe uma uma satisfação na relação, geralmente a consequência é mudar-se de parceiro.
“Naturalmente que não é isso que esperamos que aconteça e tenho a certeza que a TAP também não é isso que pretende”, sublinha, alertando que esse risco existe porque o diálogo pode correr mal.
“Por outro lado, não há propriamente uma mudança de parceiro em Portugal com a TAP, mas não posso dizer que se os agentes de viagem não estiverem satisfeitos, vão comprar o mesmo à TAP, do que se estiverem satisfeitos. Portanto, provavelmente vão olhar para todas as opções de escolha que tiverem, coisa que espero que não aconteça”, refere Pedro Costa Ferreira.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico