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Oposição ataca AD com estado da saúde

Crise nas urgências e a novela dos helicópetros dominaram críticas. AD vai aproveitar proposta do PS para a criação de uma unidade de coordenação do INEM.

O estado dasaúde, e em particular a crise nas urgências de obstetrícia e pediatria, foi, como se previa, o fio condutor das críticas da oposição no debate sobre o Estado da Nação, com o primeiro-ministro a repetir que, apesar dos problemas, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) responde às solicitações na “na grande maioria dos casos”.
O primeiro a atacar foi André Ventura, logo depois da intervenção do primeiro-ministro, notando que Montenegro apenas dedicou 16 segundos ao tema da saúde. “Que vergonha”, lamentou o líder do Chega, acusando o chefe do Executivo de ter falado de uma nação “que não existe”.
Na resposta, o primeiro-ministro, que começou por citar o próprio André Ventura sobre a boa experiência que tivera recentemente no SNS, trouxe dados: No primeiro trimestre de 2025, sustentou o primeiro-ministro, houve menos 46% de encerramentos na península de Setúbal nas urgências de obstetrícia e pediatria”.
Já no segundo trimestre, notou, a diminuição dos encerramentos foi de 33%. Luís Montenegro reforçou ainda a promessa de funcionamento da urgência no Garcia de Orta 24 horas por dia, 365 dias por ano, a partir de 1 de setembro.
Outro dos temas em que a oposição carregou foi nas polémicas que envolvem o INEM, em particular os problemas do concurso público para a aquisição de helicópteros. E foi já na reta final do debate, em resposta ao PAN, que Luís Montenegro voltou a abordar o tema.
Disse que o seu Governo encontrou o INEM numa “situação muitíssimo complexa e de grande debilidade em termos de recursos humanos”, assinalou que “haverá renovação da frota de viaturas e um novo modelo de gestão, que está a ser estudada” por uma equipa e que deverá estar quase a terminar o seu trabalho.
Luís Montenegro adiantou também que o executivo vai aproveitar a ideia sugerida pelo PS sobre a coordenação global do INEM. “Veremos que enquadramento se lhe pode dar”, sinalizou. Antes, o secretário-geral socialista resumiu a política da AD a “medidas avulsas” sem nenhuma visão para o país”.

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