Arade, um terreno de 116 mil metros quadrados de área em frente à marina de Portimão, e pelo qual o Novobanco pedia 32 milhões de euros, já tem um comprador, sabe o Jornal Económico.
O Novobanco chegou a acordo para vender aquele que era um dos ativos imobiliários que integrava o “Projecto Eleanor”. O projeto para este terreno “já está aprovado” pela autarquia sendo por isso o que foi o mais fácil de vender de todo o portfólio “Eleanor”.
Deste portfólio faziam ainda parte o terreno da Artilharia 1, junto às Amoreiras (Lisboa), onde o banco possui 133 mil m2 distribuídos por seis lotes e que está avaliado em 240 milhões de euros; o terreno nos Olivais Sul (Lisboa), com 88,8 mil m2 e quatro lotes, que está avaliado em 43 milhões de euros; e o terreno em Benagil (Algarve), avaliado em 52 milhões de euros.
Tal como noticiado no fim do ano passado, Volkert Schmidt. presidente da GNB Real Estate (do grupo Novobanco), desistiu de vender os imóveis em conjunto por causa da falta de licenciamento na Câmara de Lisboa, sendo que continua a não haver qualquer prespectiva de quando será concluído. Ou seja, os ativos imobiliários em Lisboa estão em standby.
Já os do Algarve podem ser vendidos mais depressa e por isso o Novobanco avançou com a venda individual dos ativos, tendo já acordado a venda do Terreno de Arade (Algarve). projeto situado junto à Marina de Portimão, na Praia da Rocha. Trata-se de um terreno de 115,5 mil m2 (21 lotes) que já tem o licenciamento concluído e que foi criado com uma vocação essencialmente residencial, prevendo-se a criação de 652 novos fogos para 2.664 residentes. Tem ainda espaços turísticos e dedicados à hotelaria.
Em estado avançado de negociação, segundo as nossas fontes, está também o outro ativo imobiliário no Algarve – o terreno em Benagil (no concelho de Lagoa no Algarve), avaliado em 52 milhões de euros.
O banco estava a pedir 365 milhões de euros pelo portfólio completo, estando entre os interessados a Bain Capital, em parceria com a Kronos Real Estate; a Quest Capital Partners; e o consórcio composto pela Sixth Street e pela Norfin, do grupo Arrow Global. O Eco avançou com o interesse da Bedrock Capital e da Habitat Invest.
No caso do terreno das Amoreiras, no fim do ano passado, foi noticiado que a Câmara de Lisboa aprovou a revogação do Plano de Pormenor da Artilharia 1.
A CML desbloqueou então as obras de urbanização num terreno abandonado na zona das Amoreiras, “numa área de aproximadamente 10,9 hectares”, iniciativa imobiliária do Novobanco.
Segundo a noticia avançada em dezembro pela Lusa, a vereadora do Urbanismo, Joana Castro e Almeida, disse que o Plano de Pormenor da Artilharia Um (PPAU) foi publicado em 2005, e manteve-se em vigor na revisão do Plano Director Municipal (PDM) de 2012. Este plano “estabeleceu uma solução urbanística muito detalhada que rapidamente se revelou desactualizada”, segundo a vereadora. “Em 2019, o promotor apresentou pedidos de alteração do loteamento e das obras de urbanização, mas o caráter excessivamente detalhado do plano de pormenor não deixava margem para qualquer alteração”, avançava a vereadora à Lusa. Esse plano foi revogado no fim do ano passado.