Depois de João Talone ter sinalizado indisponibilidade para um segundo mandato como presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da EDP, os principais acionistas estão a avaliar alternativas. Não procuram um ‘chairman’ com perfil político e querem na liderança daquele órgão fiscalizador da atividade da comissão executiva alguém com competências técnicas e profissionais. É neste contexto que é apontado o nome do atual presidente da EDP Renováveis (EDPR), António Gomes Mota, um gestor que conhece bem a elétrica portuguesa e cujo mandato à frente da EDPR termina em abril, avançaram ao Jornal Económico fontes próximas ao processo.
Uma dessas fontes realça que Gomes Mota, à frente da EDPR desde 2021, “conhece muito bem a empresa”, tendo já passado pela EDP SA e sido vogal do CGS na liderança de Eduardo Catroga e Presidente da Comissão de Auditoria da EDP. E acrescenta que “a fatia de leão” do negócio da elétrica nacional, com mais de 75%, está nas renováveis, área que Gomes Mota lidera desde 12 de abril de 2021 e cujo mandato termina no próximo mês de abril. “É mais fácil arranjar um presidente para a EDP Renováveis”, diz uma dessas fontes, colocando também enfoque na importância da liderança do CGS da EDP, cujo atual presidente está de saída.