Skip to main content

Lince lança fundo de capital de risco com quase 150 milhões de euros

Inovação: A gestora de fundos de investimento fechou a subscrição do ‘Innovation Fund III’ no passado mês de dezembro, que se destina a empresas portuguesas com cariz digital ou que apostam na Investigação & Desenvolvimento (I&D).

ALince Capital lançou o seu maior fundo de investimento em capital de risco de sempre, no valor de 146 milhões de euros, para startups portuguesas que se destacam pela inovação e aposta na Investigação & Desenvolvimento (I&D), disse ao Jornal Económico (JE) o sócio Tomás Lavin Peixe. Trata-se do Innovation Fund III, cujo período de subscrição terminou em dezembro de 2023.

“O principal propósito é investir no ecossistema português. Em 2023 batemos um recorde interno, foi o ano em que fizemos mais investimentos, doze, no total de 30 milhões de euros. Foi bom na área de venture capital e antecipamos mantermo-nos ativos no mercado este ano, porque ainda temos parte do Fund II para aplicar e também vamos começar a investir com este Fund III em 2024”, afirmou o partner responsável pela área de Inovação nesta gestora de fundos.

Ao longo dos próximos doze meses, o plano da sociedade de capital de risco é investir mais de 50 milhões de euros. “Este montante tem duas vertentes: inclui investimentos novos - continuamos proativamente à procura de novas oportunidades, novas startups para investir – e, como dentro do nosso portefólio temos empresas que estão a fazer rondas subsequentes, tencionamos acompanhar o seu crescimento”, explicou Tomás Lavin Peixe ao JE.

“Como investidores, conta [o fundo 3] maioritariamente, pequenas e médias empresas [PME] portuguesas e também alguns investidores institucionais e high net worth individuals [indivíduos com elevado património líquido], mas o grosso do capital vem de PME. Obviamente, aí o SIFIDE teve algum impacto”, detalha.

A percentagem de representação do SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial) nos fundos de inovação (capital de risco) da Lince é de aproximadamente 80%. Todavia, a empresa liderada por Vasco Pereira Coutinho tem outras duas áreas de negócio: o imobiliário/turismo e o private equity, para aquisição de PME.

“Portugal está em contraciclo. Nos EUA e no resto da Europa houve contração nesta classe de ativos”
“Acho que há bastante liquidez e que a área de capital de risco nunca teve tão bem capitalizada como está hoje, o que vai ajudar muito as nossas startups. Portugal, dados os apoios que foram sendo criados, está um bocadinho em contraciclo, porque quando olhamos para mercados como os Estados Unidos ou o resto da Europa houve alguma contração nesta classe de ativos”, reconhece.

É possível repetir a proeza em 2024? Nim. “Acho que a angariação de capital vai estabilizar. Em termos das rondas de investimento, acho que haverá um crescimento dado o capital que foi angariado e que será aplicado durante o ano”, antecipa.

A Lince Capital foi criada em 2016, mas há cerca de três anos começou a investir na inovação pura e dura – e 100% nacional. Já avaliou mais de 400 startups e fez investimentos em 22 delas, nomeadamente a tecnológica dos supermercados autónomos Sensei, a Kencko, conhecida pelas saquetas para fazer sumos de fruta (smoothies), a Bizay (360imprimir) ou a Leadzai, que tem crescido no sector do marketing.

“Estamos comprometidos em ser um catalisador para o crescimento económico e o empreendedorismo nacional”, completou o CEO, Vasco Pereira Coutinho.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico