Skip to main content

Há um acessório de que deve abusar este inverno

Cada parte de um chapéu tem uma missão distinta. Dar conforto, proporcionar sombra, ou simplesmente adicionar um pormenor estético, como a fita ou laço. A verdade é que todas contribuem para o todo e pretendem, em última instância, oferecer a melhor experiência possível a quem usa este statement.

Do latim capellus, que significa adorno para a cabeça ou diminutivo de capa com capuz, a palavra chapéu tem origem no vocábulo francês chapel, que chegou aos nossos dias na forma de chapeau. Origens e grafias à parte, a verdade é que o chapéu se tornou um acessório incontornável há milhares de anos!

Se a data em que este acessório terá surgido não é consensual entre os historiadores, já a sua relevância não suscita grandes dúvidas. Em quê? No desenvolvimento civilizacional. Assim o atestam vestígios vários da produção artística de diversas civilizações da Antiguidade, entre as quais o Egito, a Grécia, Roma e China.

É muito provável que os primeiros chapéus tenham surgido por razões meramente utilitárias – uma proteção contra o frio e a inclemência do sol, pois ajuda a manter a temperatura do corpo –, mas graças ao seu tremendo potencial não nos coibimos de imaginar que rapidamente se terá convertido num símbolo de status social e, quem sabe, até de fashion statement!

Basta recordar que na Roma e Grécia antigas era interdito às camadas baixas da população usar chapéu. Quando recebiam cidadania oficial, aí sim eram presenteados com tal adereço, símbolo do seu novo status. Ainda hoje terá essa conotação em muitas geografias e circunstâncias, mas acima de tudo é um acessório que pode fazer toda a diferença no look que escolher ou no seu estilo de assinatura.

Que o digam Winston Churchill, que não saía de casa sem escolher um exemplar da sua vasta coleção; Ronald Reagan, que não dispensava o seu emblemático chapéu de cowboy em certas ocasiões – e que a “Time” imortalizou numa capa de 2004; ou mesmo Che Guevara, cuja iconografia não seria a mesma sem “aquela” boina com uma estrela vermelha que a propaganda revolucionária dos anos 60 transformou em imagem de marca.

Falando em boinas, difícil seria não referir a febre que hoje se vive em torno deste acessório à boleia da série “Peaky Blinders”, uma das mais populares da Netflix que se inspira em diversos eventos reais do início do século 20 e tem Cillian Murphy como protagonista.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico