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Fundo Square vai fazer pontaria a negócio de escritórios em Espanha

Fundos: Pedro Coelho, CEO da Square, revela ao JE que pretende investir num edíficio de escritórios no mercado espanhol. Mas a tarefa não é fácil: “dificilmente compraremos acima de 30 milhões”.

Três anos após a entrada no mercado espanhol, as expetativas da Square Asset Management foram superadas no que toca à rentabilidade obtida através das yields. “Queríamos investir em Espanha para diversificar, aumentando a rentabilidade e procurar negócios que, no fundo, dessem uma rentabilidade superior à rentabilidade em Portugal”, refere ao Jornal Económico (JE) Pedro Coelho, CEO da Square AM. Com um portfólio de 20 imóveis e um investimento de 100 milhões de euros no mercado espanhol, que já representam 5% da operação da gestora de fundos abertos, o responsável assume que “atualmente recebe oportunidades de Espanha e de Portugal ao mesmo ritmo”.

Apesar de o primeiro negócio em território espanhol ter sido em outubro de 2021 –com o arrendamento dos supermercados Carrefour na Andaluzia – o negócio mais rentável e dispendioso foram onze bombas de gasolina arrendadas à Eroski em 2022.

“São oito no País Basco, uma na Galiza e duas nos arredores de Madrid, que ao todo valerão cerca de 40 milhões de euros, com uma yield de 8,5%”, afirma.

Questionado pelo Jornal Económicosobre um aumento do investimento em terras espanholas, Pedro Coelho defende que tudo vai depender do mercado e recorda que no último ano o saldo líquido entre subscrições e resgates foi menor devido ao aumento das taxas de juro.

No entanto, o CEO da Square mostra-se otimista de que estas vão começar a baixar. “Os bancos já estão a começar a descer as taxas dos depósitos. Acho que na segunda metade do ano, e depois em 2025, teremos outra vez um aumento de subscrições”, sublinha.

Já sobre as oportunidades de negócio, o responsável assume a vontade de adquirir um edifício ou portfólio de escritórios, algo que a Square ainda não tem em Espanha.

“Tenho alguma pena de isso ainda não ter acontecido e tenho alguma esperança que seja este ano que consigamos comprar.”, refere.

Contudo, o responsável salienta que este é um segmento do mercado que vai requerer uma verba significa de investimento, dada a forte a concorrência.

“Diria que dificilmente compraremos alguma coisa acima de 30 milhões de euros. Perdemos há uns tempos um edifício de escritórios em Valladolid, que estava arrendado ao Banco Bilbao Vizcaya com um contrato de dez anos mesmo no centro. Em Portugal, escritórios que há dois, três anos podiam transacionar-se com yield de 5%, agora andam com 6,5%. É nesse sentido que acho que podemos aproveitar essa oportunidade”, conclui.

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