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Europa contra China na batalha automóvel de Munique

Os construtores chineses de carros elétricos estão a invadir o mercado, mas agora com maior concorrência europeia, no mercado que todos querem conquistar.

É uma guerra declarada aquela que opõe construtore s automóveis europeus e chineses pelo negócio dos carros elétricos, e a última batalha travou-se esta semana em terreno europeu, o grande mercado que está em disputa.
Em Munique, na Alemanha, no Salão Internacional da Mobilidade (IAA, na sigla germânica), o maior certame bianual do Velho Continente, das 748 empresas registadas pela organização 116 são chinesas, entre construtores e fornecedores de componentes, mais 40% do que na anterior edição, em 2023. Provavelmente serão ainda mais, porque algumas das empresas se registam através das filiais europeias. Uma invasão, que é uma demonstração de força. A gigante dos veículos elétricos BYD, as recém-chegadas GAC e Changan ou a luxuosa Hongqi estão entre elas.
Os construtores automóveis fogem do mercado chinês, o maior do mundo nos automóveis elétricos, mas que está a sufocar por uma guerra de preços sem quartel. Procuram melhores margens na Europa, onde têm conquistado quota de mercado, que quase duplicaram no primeiro semestre deste ano, de 2,7% para 4,8%, de acordo com os dados da empresa de research JATO Dynamics. A consultora McKinsey estima que podem estar a caminho de igualar a quota de 9% atualmente detida pelos fabricantes automóveis coreanos e chegar à fatia de 14% do mercado das marcas japonesas.
Além disso, com o mercado norte-americano limitado pelo atrito provocado pela guerra comercial da administração de Donald Trump, a China encara o mercado europeu como o terreno a conquistar, mesmo com as tarifas impostas pela Comissão Europeia. “As tarifas não vão travar os chineses”, diz Xing Zhou, partner da consultora AlixPartners, citado pela agência Reuters.

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