Skip to main content

Estado vai encaixar mais 2,8 mil milhões de euros em impostos

Receita fiscal aumenta 4.4% para valores históricos de 67 mil milhões. Impostos indiretos dão o principal contributo com mais 1,8 mil milhões com a grande fatia a caber ao IVA.

O Governo estima arrecadar, no próximo ano, 67.065 milhões de euros em impostos, mais 2.828 milhões essencialmente devido aos impostos indiretos. O IVA, ISP e Imposto do Selo são os impostos que mais contribuem para o aumento da receita com acréscimos de 1.324 milhões,187 milhões e 125 milhões, respetivamente. Para este ano, o nível de receita ultrapassa em 3.176 milhões o montante previsto no OE2025 que era 61.061 milhões de euros e é agora revisto para 64.237 milhões.
“Espera-se que a receita fiscal, em 2026, venha a refletir um crescimento correspondente a 2828 milhões de euros (4,4%), face à estimativa de receita para 2025, ascendendo a 67.065 milhões de euros. Este aumento deve-se à evolução positiva tanto dos impostos diretos (1.055 milhões de euros), como dos impostos indiretos (1.773 milhões de euros)”, avança o Executivo no relatório que acompanha a proposta do OE2026 entregue no Parlamento esta quinta-feira, 9 de outubro, um dia antes da data-limite.
Só o IVA, segundo o documento, dará um contributo de 27.489 milhões, mais 5,1% (1.324 milhões) para a receita fiscal do Estado, representando 41% da variação total (no OE2026 contribuí com 68%).
Segundo o Executivo, “o crescimento da receita do IVA reflete o crescimento do consumo privado nominal”.
No que respeita ao IRC, o Executivo estima que o valor da receita fiscal, em 2026, diminua em 200 milhões de euros face à execução estimada para 2025, ascendendo a 9.532 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 2%. “Esta evolução da receita de IRC reflete a diminuição de 1 ponto percentual da taxa de IRC”, avança o documento.
Já o IRS vai registar uma variação positiva de 937 milhões de euros, representando um aumento de receita de 5% para 19.496 milhões de euros. Segunda a proposta do OE2026, “a estimativa de crescimento da receita do IRS, apesar da redução das taxas marginais, resulta principalmente da previsão de evolução favorável do mercado de trabalho — tanto para o emprego, como para remuneração por trabalhador”.
Também este ano o imposto que recai sobre as famílias deverá ficar 1.949 milhões de euros face ao inicialmente previsto no OE2025 (16.610 milhões), refletindo o alívio do IRS já sentido este ano que decorre das alterações ao imposto que foram refletidas nas novas tabelas de retenção.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico