Desde a crise das dívidas soberanas, em 2010, a carga fiscal em Portugal aumentou de 30,4% para 35,7%, no ano passado. São mais 5,3 pontos percentuais (pp) em 14 anos. Ou seja, mais 15 mil milhões de euros que passaram a entrar nos cofres do Estado e que hoje representam praticamente as dotações para o orçamento da Saúde. Neste período, a carga fiscal subiu em 10 dos 14 anos observados desde a crise que abalou a moeda única e viria a provocar uma reforma profunda das políticas económicas e orçamentais na União Europeia, com um controlo muito mais apertado das finanças públicas dos Estados-membros a partir de Bruxelas. Para os países resgatados, representaria anos de penosos ajustamentos, sob o signo da austeridade que Portugal não escapou.
Carga fiscal disparou 15 mil milhões desde a crise das dívidas soberanas
Em 14 anos, a carga fiscal aumentou 5,3 pp. Crise financeira e ‘enorme aumento de impostos’ ajudaram. São mais 15 mil milhões que não entravam nos cofres do Estado em 2010. O equivalente às transferências para a Saúde.
