Construído a pensar na Europa, com um nome inspirado numa das estâncias turísticas mais conhecidas do sul de França, e com um suporte e tecnologia próximo dos melhores, o Bayon da Hyundai apenas precisa de ser reconhecido para conquistar o mercado dos pequenos SUV. Tem a particularidade de consumir pouco, tem um motor pequeno de 1000 cm3 e com um consumo, para quem não acelere, entre os 4 l e os 4,5 l aos 100 km, um verdadeiro concorrente dos elétricos. O Hyundai Bayon vem suprir um espaço que o seu irmão “mais encorpado”, o Kauai, tinha deixado, pois o Bayon (testámos a versão com caixa manual de seis velocidades mas está disponível uma versão com caixa DCT) é esteticamente menos arrojado, tem um perfil vocacionado para a família e é o SUV que efetivamente dá para tudo. O construtor surpreende com este veículo a atingir os 183 km/h, algo que não experienciámos, mas que acreditamos ser possível depois de devidamente “embalado”. Claro que os consumos de gasolina poderão duplicar nessas circunstâncias e o gosto de conduzir um automóvel em posição elevada de conforto deixe de ser o foco para passar a ser a segurança para um veículo com pouco mais de tonelada e meia de peso.
No interior a construção é cuidada, sem luxo e apenas com um toque de pele sintética. O tabliê aproveita o que melhor se sabe construir, aparentando ser revivalista e de alguma forma “démodé” mas, ainda assim, é preciso pensar que se está perante um SUV por pouco mais de 20 mil euros e que com a campanha promocional é possível pagar menos 1500 euros.
Voltando ao painel digital é claro o aproveitamento de soluções lançadas em outros modelos mas, ainda assim, o Bayon cumpre com tudo o que se espera em termos de segurança ativa como seja a travagem automática de emergência, a câmara de ajuda ao estacionamento traseiro e os respetivos sensores, o alerta de arranque do veículo dianteiro, a manutenção da faixa de rodagem, e uma resposta a nível de infoentretenimento muito razoável com um display de oito polegadas e uma conetividade sem fios via Apple CarPlay e/ou Android Auto. E depois tem outros “pequenos” pormenores como tomadas USB à frente e atrás e uma bagageira com 411 litros de capacidade, um nível superior à melhor concorrência. A condução é agradável embora não estonteante, nomeadamente o arranque e as recuperações que são q.b.
A relação de velocidades está bem escalonada e contribui para a ausência de ruídos. O comportamento aerodinâmico é agradável dada a posição e condução elevada e os sistemas que ajudam na condução indicamque o melhor deste carro está na condução em estrada nacional, embora a capacidade da bagageira e o consumo indiquem que é uma boa solução para cidade.