Apesar das tragédias, o mundo não termina. Caminhando entre a ficção e o ensaio, “O Mais Belo Fim do Mundo”, de José Eduardo Agualusa, divide-se entre crónicas, contos, notas diarísticas e divagações, escritos entre 2018 e 2021.
Nestes anos, o que mudou no nosso mundo? Este livro é uma visita – em ficção e crónica – aos últimos anos da nossa vida.
Chegou às livrarias em novembro e a apresentação esteve a cargo de Mia Couto. O que mudou na nossa vida, o que transformou – para o melhor e para o pior – o nosso mundo?
Em “O Mais Belo Fim do Mundo”, os textos – anteriormente publicados na revista “Visão”, na “Granta” (edição portuguesa) e no jornal “O Globo” – refletem os tempos estranhos, convulsos e um tanto misteriosos que temos vivido, ao mesmo tempo que procuram lançar alguma luz sobre os dias que ainda não chegaram. Há a memória de livros que despertam uma recordação, viagens interestelares, pastores no deserto, árvores, filmes e música, vidas de escritores, a memória da covid-19, cidades que não se esquecem, generais que não gostam de guerra, gatos, a presença de pessoas cuja vida dava para um romance, viagens que já são impossíveis, hipopótamos no mar, medos que esvoaçam como fantasmas. Sem grande preocupação de respeitar fronteiras, nesse limite entre a atualidade e o futuro, entre o passado e os tempos em que refletimos sobre ele.