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Rotas de Verão: Entre a Ria e a Rainha há moliceiros e um gigantesco areal

Se Espinho mantém viva a arte xávega, Aveiro é uma donzela que dança sobre a Ria e nos seduz pelos seus muitos encantos. Alguns deles desfazem-se na boca e fazem sonhar. Como os muitos quilómetros de areia branca da Figueira da Foz, “berço de sereias procurando abrigo”. Mais a sul, a Nazaré continua a ser um centro de veraneio popular, com tradições ancestrais que a ligam ao mar, e um canhão que entrou para a história.

A arte xávega não é só para turista ver. Ainda é o sustento de muitas famílias de pescadores de Espinho que se dedicam a esta faina, conservando viva uma tradição antiga. Entre a primavera e o final do verão, os barcos são carregados com centenas de metros de cordas e redes e empurrados para mar. Madrugada dentro.
Vão até onde o arrasto lhes permite e, depois, regressam à praia, onde as redes são puxadas para terra. Aí se verá o resultado de todo o labor, do esforço que foi aquela ida ao mar. Nos dias em que este se mostra condescendente com os homens, e os brinda com uma bela pescaria, é possível vê-los chegar à Praia dos Pescadores. Olhar sereno, firme, seguidos pela silhueta do crescente de lua dos seus barcos coloridos, puxados para terra com cordas e a ajuda de um trator, a força bruta que hoje substitui os bois de outros tempos.

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