O Funchal e o Porto Santo afirmam-se como as principais alavancas para a promoção da marca Madeira, disse Filipe Roquette, CEO da Bloom Consulting, ao Económico Madeira. Já quanto à marca Madeira, o responsável pela consultora diz que esta tem um “enorme potencial” de atração e reconhecimento nos seus vários mercados emissores, contudo esse potencial “não transita” para as suas submarcas, exceto o Funchal e o Porto Santo.
A Bloom Consulting divulgou o Portugal City Brands, um ranking que colocou o Funchal em destaque em várias áreas. O município da região autónoma alcançou o 10.º lugar entre os 308 municípios nacionais, apesar da queda de três posições face ao ano anterior.
O Funchal destacou-se também nos negócios, ocupando o 10.º lugar (subiu nove posições), e foi apontado como o terceiro melhor para visitar (manteve a posição), e o 24.º para viver (caiu dez posições).
A descida de três lugares do Funchal no ranking Portugal City Brands foi atribuída a diversos fatores.
Um desses fatores esteve ligado à pandemia, que provocou a “diminuição da procura” por destinos turísticos mais estabelecidos e concorridos, face a opções mais alternativas e que permitiam maior distanciamento social, explica Filipe Roquette.
A influenciar esta descida do Funchal esteve ainda a “descida significativa” das pesquisas na dimensão visitar (hotéis e pacotes turísticos eram os temas mais pesquisados), sendo um dos municípios nacionais que “mais decresceu” nas pesquisas online pela sua marca turística.
“Muitos destinos observaram um decréscimo de temas ligados a marcações de viagens, que foram substituídos por temas mais inspiracionais, o que não se revelou tanto no caso do Funchal”, acrescentou o CEO da Bloom Consulting.
A descida do Funchal foi também “muito influenciada” pelo desempenho das marcas Vila Nova de Gaia e Aveiro, que tiveram “prestações muito relevantes” na dimensão viver. “Os grandes municípios, no geral, suportaram as expectáveis descidas no turismo com ajuda do crescimento das suas marcas da dimensão viver (quase na totalidade suportadas pelas pesquisas domésticas). Com o Funchal isso não aconteceu, pois quase 50% da sua procura é internacional. O Funchal é apenas a 34.ª marca mais procurada na dimensão viver nacional, sendo também nesta dimensão um dos que menos cresceu”, acrescenta.