A Oferta Pública de Aquisição (OPA) da KKR sobre a Greenvolt; a emissão de dívida de 75 milhões da mesma empresa de renováveis; a venda da Altice Portugal; a venda das ações do BCP pela Fosun; a Oferta Pública Inicial (IPO) da Luz Saúde; a privatização da Sata e da TAP; a venda da Hipoges pela KKR e o negócio da LX Partners, são algumas das operações deste ano que precisam de assessoria financeira. Mas há mais em preparação, Desde logo o IPO do Novobanco. Recorde-se que em setembro, o CEO Mark Bourke, participou em várias reuniões com potenciais investidores, para sondar o interesse do mercado. Mas também há a potencial venda da AEDL (autoestradas Douro Litoral) maioritariamente detida por fundos de investimento geridos pela Strategic Value Partners;; há a potencial venda da Ascendi pelos franceses da Ardian; a venda da Indáqua; a venda em curso do Banco Português de Gestão aos chineses da Vcredit; a venda do Hospital da Cruz Vermelha; a venda em curso da Future Healthcare à Bupa; a venda da Hyperion; da DoValue; do Banco Comercial do Atlântico da CGD em Cabo Verde. Para já não falar dos negócios que transitam de 2023 como a compra do Dia (assessorada pelo Sociétè Generale) pela Auchan; e a OPA da Sonae sobre o Musti Group, lançada em meados de dezembro, que avalia o grupo finlandês em 868 milhões de euros.
O maior banco de investimento português é a Caixa BI e está envolvida na venda da sociedade gestora do hospital da Cruz Vermelha; na venda do Banco Comercial do Atlântico (Cabo Verde) e na privatização da Sata Internacional.
Sendo que a privatização da Sata está, para já, suspensa, devido ao processo eleitoral, mas será expectável que seja reavaliada após as eleições. Já a venda da Cruz vermelha encontra-se em processo de análise estratégica.
Também a privatização da TAP conta com a participação do Caixa BI, mas o processo parou à espera do novo governo (ver notícia na página 24).
Por sua vez, a Greenvolt vai emitir 75 milhões de euros em dívida “verde” e o BCP e a Caixa BI são os coordenadores globais.
O Millennium Investment Banking foi também o assessor financeiro exclusivo da Fundação Oriente na venda de 98,87% do BPG à VCredit Holdings.
Já o Santander é o intermediário financeiro mandatado pela KKR na OPA em curso sobre a Greenvolt que tem como assessor financeiro o Mediobanca (ver pagina 3). Na elaboração do Relatório da Visada, a Administração da Greenvolt foi assessorada pela Lazard, nos aspetos financeiros, e pela VdA, nos jurídicos, e obteve duas fairness opinions feitas pela Lazard e pelo BCP, respetivamente, relativamente às condições da OPA.
A Lazard e o BNP estão com a Altice Internacional na tentativa de venda da operação em Portugal e França (ver página 11).
A UBS, por sua vez, assessorou a Fosun na venda de 5,6% do BCPpor 235 milhões. No mesmo grupo está em curso o IPO da Luz Saúde e o Citi e o UBS são os Global Coordinators. Nos Joint bookrunners estão a Caixa BI, e os Co-Leads são o BCP e o alemão Hauck Aufhauser Lampe.
O Banco Invest assessora a venda da FutureHealth care à Bupa.
Já a Alantra assessora a KKR na venda da Hipoges e a PwC está a procurar compradores para a DoValue em Portugal.
O fundo LX Partners está a vender os ativos stressados de 4,2 mil milhões e a servicer Algebra Capital, com o nome de “Cascais”, que está a ser conduzido pela KPMG.
Não faltam negócios à banca de investimento, mas a concorrência dos bancos estrangeiros e das consultoras continua agressiva. Por exemplo a recente compra de 49,5% da Quadrante pelo fundo Henko Partners teve a Deloitte no buy-side e a GBS Finance no sell-side.