Inaugurado em dezembro de 2018, o restaurante Alameda deve o seu nome ao facto de estar situado em frente ao Jardim da Alameda João de Deus, em Faro, no Algarve.
Depois de passar pelo restaurante Ocean, o chef algarvio Rui Sequeira, em parceria com a mulher, Cristina Monteiro, decidiu criar o seu próprio espaço, na sua cidade de origem, que refletisse a sua visão gastronómica a nível de técnica e em permanente homenagem aos produtos locais.
“Neste espaço contemporâneo com decoração tropical, onde a natureza está dentro de portas, o conceito tradicional de fine dining fica de fora. O restaurante Alameda assume uma filosofia de fun fine dining, que prova que a alta gastronomia também pode ser divertida e descontraída. Desta experiência disruptiva fazem parte os snacks frios e quentes para comer à mão, servidos no início da refeição, e os ‘martelinhos’ para partir o gelo no gaspacho de melancia, um dos pratos da carta”, assinala um comunicado do restaurante.
Neste momento, além da carta regular, o Alameda disponibiliza quatro menus de degustação. Comecemos pelo que tem o nome do restaurante, o Alameda, de três pratos, a escolher de entre ostras da Ria Formosa com ponzu de eucalipto; choquinhos com tinta; cataplana de gamba da costa; polvo, jalapeño e batata doce de Aljezur; leitão, couve, amêndoas e kimchi; e rosas, iogurte e maçã de Alcobaça, além do pão de fermentação lenta, manteiga dos Açores e azeite Monterosa. No menu Origami, a pretensão é, tal como num origami, ‘dobrar’ e ‘desdobrar’ os produtos, dando-lhes outras representações, sem desvirtuar a sua essência.
Mantém-se o pão e acompanhantes, assim como a ostra, os choquinhos e a cataplana, mas adicionam-se outras opções, como a raia, polvo de Olhão, enguias fumadas da Figueira da Foz, peixe da lota de Sagres, caldo de pernil de Monchique, molejas de vitela, pera Rocha e rosa. Aqui, há a hipótese de fazer uma harmonização vínica, tal como no menu Vegetal, que se destina a clientes vegetarianos, mas não só. Oito momentos de experiências gastronómicas onde brilham os produtos algarvios. Assim, temos cenoura algarvia e papadam; crocante de raiz de aipo; bola de topinambur; carbonara de algas e gema curada; tomate e batata doce de Aljezur com chimichurri de jalapeños; wasabi e cogumelos; couve coração, panissa de grão e kimchi; rosas, iogurte e maçã, além do referido pão de fermentação lenta. Por fim, temos o menu Umami, o quinto sabor do paladar humano, que quer dizer delicioso, viciante, aditivo. Também assim é este menu, com mais oito momentos. Regressam o pão, as ostras, os choquinhos, a cataplana e o caldo de pernil, mas o peixe da lota de Sagres já vem na companhia da abóbora manteiga e da couve fermentada, e a lista enriquece-se com outras alternativas, como a carbonara de raia e topinambur, xarém de enguia fumada e bivalves; porco preto, morcela de arroz, marmelo e castanha; pera rocha, café e baunilha de São Tomé.
Com foco neste espírito leve e descomplicado de estar à volta da mesa são os clientes que escolhem os talheres. Já na cozinha, segundo os responsáveis deste projeto, “a descontração alia-se ao talento e à criatividade para a confeção de pratos focados em produtos locais, com uso de técnicas tradicionais e contemporâneas”.