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Autor
Rafael Alves Rocha
Notícias
O monstro precisa de amigos
No romance “O Processo”, de Franz Kafka, Josef K. é atormentado por uma sensação de impotência, desencanto e frustração perante a longa manus do Estado. Este clássico da literatura deu origem ao adjetivo kafkiano, que descreve, justamente, uma situação opressiva e desconcertante provocada por uma organização burocrática.
“Às virtudes dos maiores para que seja um ensinamento para todos”
VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOVMENTO” (inscrição em latim gravada no pórtico de entrada da Biblioteca Joanina em Coimbra)
Parem o mundo, eu quero descer!
O mundo está perigoso, como costumava dizer o proverbialmente cético Vasco Pulido Valente, parafraseando um outro colunista também conhecido pelo seu pessimismo, Victor Cunha Rego. Mas estará o mundo realmente mais perigoso do que já foi no passado? Será que as profecias sobre o fim dos tempos se vão finalmente concretizar e, como o diabo no oráculo bíblico, a Humanidade acabará lançada viva no “lago de fogo que arde com enxofre” (Apocalipse 20:10)? Ou “ainda não é o fim nem o princípio do mundo. Calma, é apenas um pouco tarde”, como recomendava Manuel António Pina?
Um país colado a fita-cola
As eleições são a expressão máxima do exercício democrático pelos cidadãos. É assim desde o século V a.C., quando na cidade-Estado de Atenas se começou a implementar a prática do voto. Mas as democracias liberais não se esgotam no sufrágio universal. As eleições não são o Alfa e o Ómega de um sistema que tem outras fontes de legitimação política e outras formas de participação cívica. Daí que o recurso às urnas não seja, forçosamente, a solução para as crises políticas.
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