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Startup portuguesa prepara voos para EUA e África para gerar 200 milhões de retorno em publicidade online

A startup portuguesa Leadzai prepara-se para levantar asas para os Estados Unidos e já tem em andamento um projeto-piloto com um parceiro. O lançamento será em setembro. Depois, África é o próximo destino. Atividade em Portugal "é sólida" mas o foco é "o mercado internacional", admite CEO ao JE.

Pagar só depois de ver os resultados? Não acontece muitas vezes mas é mesmo isso que a Leadzai vende às empresas que são seus clientes. A startup portuguesa é uma plataforma de aquisição de clientes pay per results e já gerou mais de 100 milhões de euros de retorno em publicidade online a pequenas empresas.

A Leadzai tem presença em Portugal, Espanha, Bélgica e na América Latina e tem atualmente mais de dez mil campanhas ativas na internet.

O serviço disponibilizado pela antiga Advertio chega como uma abordagem flexível e sem riscos para os clientes, uma vez que a startup só cobra pelos resultados que foram alcançados, e não por aqueles que foram prometidos mas ficaram pelo caminho.

A empresa tem atualmente dois objetivos centrais para o futuro: atingir 200 milhões de retorno e expandir-se para África e América do Norte.

"Vamos expandir a nossa atividade para os mercados africano e norte-americano, alcançando e importando um maior número de negócios através de parcerias. Para além disso, estamos a investir bastante na promoção online da Leadzai, de forma a atrair pequenos negócios", conta João de Sousa Aroso, CEO da Leadzai, ao Jornal Económico.

Questionado sobre o lançamento para estes dois mercados, o empresário diz que a startup lançou "recentemente um projeto-piloto com um parceiro norte-americano", estando em preparação para ser lançado depois do verão, em setembro.

João Aroso admite saber "quais são as lacunas no mercado de publicidade digital em fornecer retornos satisfatórios dos investimentos em publicidade para as empresas, em particular para as PME e micro empresas". Por isso mesmo é que criou a empresa e foi ganhando a confiança do mercado onde atua.

O CEO da startup admite que a atividade em Portugal "é sólida" mas que o foco atual é "o mercado internacional", quando questionado sobre a quota de mercado portuguesa no negócio. "Sabemos que queremos ajudar o máximo de pequenas e médias empresas em Portugal, tendo sempre em mente o tamanho do mercado português em relação ao resto do mundo", sustenta ao JE.

A empresa portuguesa faz uso de Inteligência Artificial e de aprendizagem automática, o que lhe permite automatizar as campanhas com base na presença online de uma empresa, gerindo também as audiências, localizações, conteúdos e palavras relevantes para atingir potenciais clientes de forma eficiente.

A Inteligência Artificial é utilizada na otimização das campanhas, também através da sua parceria com a OpenAI, criando modelos de previsão e segmentação dos anúncios por interesse de quem os vai visionar, obtendo os resultados mais eficazes possíveis.

Mas este retorno não seria possível sem os mais de 60 profissionais de 14 nacionalidades distintas que compõem a equipa que está espalhada por 11 países.

Sobre as contratações que a empresa se prepara para fazer, a plataforma de anúncios online pay per result abriu recentemente seis vagas para aumentar a equipa. As vagas são para campaign manager, frontend lead, UX/UI Designer, mas a empresa mostra-se sempre receptiva a candidaturas que lhes cheguem.

Abordando o tema salarial, João Aroso admite ser "difícil estar em linha com todos os mercados onde contratamos, uma vez que há uma grande diversidade de valores". Ainda assim, sustenta que "seguimos as tendências do mercado português e estamos atentos aos valores praticados nas diferentes áreas para garantir equidade nos salários. É muito importante para nós que a equipa esteja satisfeita, portanto, além do salário base, todos os membros da equipa têm também acesso a um pacote de benefícios".

Sonhando cada vez mais num futuro próspero, a startup está inserida no Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa. Este programa "tem-nos permitido desenvolver habilidades críticas para expandir o negócio".

"Permitiu-nos conhecer as perspetivas das outras scale-ups que participaram connosco e perceber que muitas delas partilham as mesmas dores que nós", aponta, enquanto que simultaneamente lhes deu "acesso a um grupo de mentores e profissionais de diferentes áreas que nos ajudaram a olhar para o nosso próprio produto com outros olhos e a desbloquear algumas etapas".

Relativamente aos planos para o futuro, a empresa quer "otimizar o algoritmo em todas as línguas que oferecemos e continuar a investir em talento qualificado".