Sempre a subir. Temos batido recordes”, realça Ricardo Pinto Correia, administrador e presidente da Teleféricos da Madeira, referindo-se ao crescimento exponencial ao nível de passageiros e receitas entre 2019 e 2024.
Nesse período, a subida foi de 54% e de 71% com os passageiros a passarem de 941.921 para 1.459.970 e as receitas a saltarem de 10,5 para 18,1 milhões de euros, de acordo com os dados da Direção Regional de Estatística (DREM).
Os passageiros e receitas são distribuídos por sete teleféricos [Cidade do Funchal, Jardim Botânico, Garajau, Fajãs do Cabo Girão, Achadas da Cruz, Rocha do Navio, Fajã dos Padres].
O principal teleférico da Região é o da Cidade do Funchal, que liga o Funchal ao Monte. Este possui 39 cabines, 7 passageiros, e capacidade de 700 pessoas por hora e é gerido pela Teleféricos da Madeira. Ricardo Pinto Correia diz ao Jornal Económico (JE) que o teleférico operado pela empresa transportou, em 2024, 1,1 milhões de passageiros, ou seja, é responsável por 78% do total de tráfego gerado por este meio de transporte no arquipélago madeirense.
O teleférico da Cidade do Funchal acaba por ser um bom barómetro do estado em que se encontra daquilo o setor. E as perspetivas para 2025 apontam para um crescimento. Ao JE, Ricardo Pinto Correia, confirma que até ao momento está a registar um aumento de 10% no número de passageiros, face ao mesmo período do ano passado.
“Estamos a experienciar, juntamente com o turismo, uma época a todos os níveis notável. A partir da pandemia, os anos seguintes foram fantásticos. Sempre a subir. Temos batido recordes. Em 2021 houve uma certa retração. Entre 2020 e 2021 estivemos seis meses fechados devido às restrições [da pandemia da Covid-19]. Desde 2022 que se voltou ao rumo normal e temos tido números fantásticos, gozando desta situação do turismo da Madeira que está melhor do que nunca. Em números, antes e depois da pandemia, tivemos incrementos de quase 20% por ano de procura. O que é bastante assinalável”, sublinha o administrador da Teleféricos da Madeira.
Em entrevista ao JE, na sequência do acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, que vitimou 16 pessoas, Pinto Correia refere que a procura pelo teleférico madeirense não se retraiu. Oresponsável aborda o investimento que a empresa faz em segurança, bem como as manutenções efetuadas na infraestrutura (ver texto ao lado).
Receitas dos teleféricos cresceram 71% em seis anos
Meio de transporte gerou receitas de 18,1 mihões de euros para a Região Autónoma em 2024, num total de 1,4 milhões de viagens. O principal teleférico do arquipélago está a crescer 10% em passageiros este ano.
