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Ouro atinge máximos de quatro mil dólares por onça

A instabilidade política, os conflitos geopolíticos, a pressão inflacionista e os sinais de fraca confiança monetária estão a levar os investidores a optarem por um refúgio seguro.

O ouro tem estado em destaque esta semana, depois de ter atingindo máximos históricos, ao ultrapassar a barreira dos quatro mil dólares. Num ano, este metal precioso já registou uma valorização de 54%.
Só esta semana, o preço do ouro ultrapassou duas barreiras: na segunda-feira superou a fasquia dos 3,900 dólares (3371,5 euros) e, na quarta-feira, atingiu o seu valor mais alto, de 4079,90 dólares por onça (3523,3 euros).
Mas porque é que este metal precioso está ao rubro? Os investidores têm olhado para este metal como um refúgio seguro, principalmente pela instabilidade política e geopolítica que se tem vivido, pressão inflacionista e sinais de fraca confiança monetária. Entre a paralisação do governo norte-americano, as guerras da Ucrânia e de Israel e a demissão do primeiro-ministro francês, a instabilidade política tem estado no pensamento dos investidores.
A instabilidade política e a irresponsabilidade fiscal juntas criam um cenário idílico para os investidores optarem por outros ativos, nomeadamente o ouro.
“Neste ambiente de liquidez abundante, instabilidade e falta de alternativas, os ativos com oferta limitada ou descentralizada estão a valorizar-se – e provavelmente continuarão a fazê-lo. Durante séculos, o ouro tem sido o porto seguro preferido em tempos de incerteza política e económica. O seu valor tangível, portabilidade e liquidez global oferecem uma sensação de segurança quando tudo o resto está em crise”, referem os analistas da XTB.
O historial do ouro mostra que este tem tendência a subir quando o mercado está em stresse, prova disso foi que durante a crise financeira global atingiu os mil dólares por onça e durante o Covid chegou aos dois mil dólares.
No início da guerra da Ucrânia este metal foi muito cobiçado pelos bancos centrais, principalmente depois do congelamento de ativos russos. Só no ano passado os bancos compraram mais de mil toneladas de ouro pelo terceiro ano consecutivo. Desde 2022, estes já foram responsáveis por 94 % da valorização.

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