A crise energética na Europa levou os governos nacionais a desenharem uma série de medidas de mitigação dos efeitos do disparo nos preços, medidas essas que as instituições europeias têm pedido que sejam progressivamente revertidas face ao recuo da pressão nos preços e pelo risco de agravar a necessidade de aperto monetário. Os avisos de Bruxelas e Frankfurt não são novos, tendo começado ainda no final do ano passado, mas as assimetrias entre Estados-membros e a independência nacional no que toca à política orçamental levam a alguma resistência em retirar estes apoios, arriscando agravar a dinâmica da inflação.