Este é um ano marcante para a Alnylam Pharmaceuticals, a farmacêutica norte-americana pioneira no desenvolvimento da tecnologia de RNA de interferência (RNAi) para o tratamento de doenças, fundada em 2002.
“É um ano muito importante”, diz Francisco Nunes, diretor-geral da Alnylam Portugal. “Ao longo dos últimos 23 anos, foi uma empresa de investigação. Este ano é o ano em que, pela primeira vez, a empresa vai ser rentável”, afirma.
A estimativa da empresa é de que as receitas das vendas de produtos se situem entre 2,05 e 2,25 mil milhões de dólares (entre 1,79 e 1,96 mil milhões de euros, ao câmbio atual), traduzindo um crescimento entre 26% e 39%, face a 2024, depois de um aumento de 33% no ano anterior. Acrescem entre 650 e 750 milhões de dólares (entre 560 e 656 milhões de euros) de receitas de colaborações e royalties.
No final do ano, a indicação dada aos investidores é de que será rendível, pela primeira vez.
“Isto é uma ideia do que é investir numa empresa do zero, com uma investigação básica completamente inovadora, um mecanismo de ação completamente novo”, aponta Francisco Nunes.
É uma empresa que está presente em 70 países, nalguns diretamente, como em Portugal, noutros através de distribuidores.
Continua a investir massivamente em investigação e desenvolvimento. No ano passado, foram 44% das receitas.
O mercado tem respondido de forma positiva ao projeto. A Alnylam tem uma capitalização bolsista de 51,59 mil milhões de dólares (cerca de 45,1 mil milhões de euros) e a sua cotação atingiu um máximo esta semana, superando 400 dólares por ação.
Multinacional cresce apoiada na doença dos pezinhos
A Alnylam desenvolveu uma tecnologia disruptiva, que silencia genes e é solução para doenças raras. Tem uma ligação direta a Portugal pelo tratamento da doença dos pezinhos. E este ano tem um marco importante: pela primeira vez, vai ter uma operação positiva. A crescer.
