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Lazard convida fundos até dia 20 a avançarem com valor da Altice Portugal

A Altice quer atualizar o valor das suas empresas não cotadas e pôs o banco de investimento Lazard a obter no mercado valores para a Altice Portugal. Os investidores interessados respondem até dia 20.

O banco de investimento Lazard – que o grupo francês Altice contratou para convidar investidores a avaliarem a Altice Portugal – deu aos potenciais interessados um prazo até dia 20 de dezembro para avançarem com um valor para a operação de telecomunicações portuguesa, apurou o Jornal Económico. O grupo liderado por Patrick Drahi tem como objetivo imediato, segundo fonte ligada ao processo, atualizar o valor da Altice Portugal, que, por não ser cotada, não tem valores de mercado.

“A Altice quer saber quanto valem as operações da Altice Portugal”, disse esta fonte ao Jornal Económico. O objetivo é confirmar que a Altice Portugal vale mais do que em 2015 e dessa forma ganhar posição negocial no mercado de financiamento e junto dos parceiros com quem são realizados investimentos. Ou seja, a Altice quer que os potenciais interessados confirmem que a operação portuguesa já não vale dois mil milhões de euros, mas sete mil milhões. É esse o principal motivo de a Altice Portugal “estar no mercado”.

No entanto, e apesar de ser apenas uma auscultação do mercado e não um processo organizado de venda, no mercado financeiro acredita-se que poderá acabar por ser a antecâmara de um processo de venda, caso os valores que serão apresentados até dia 20, e que foram elaborados com base no teaser enviado aos investidores, superem os sete mil milhões de euros. Nessa altura seria aberta formalmente a venda (o que ainda não está garantido que aconteça). Até porque não existe um data room com toda a informação da empresa, para que os candidatos consultem e façam a tradicional due-diligence.

Recorde-se que o “Expresso” avançou que a Altice Portugal estaria à venda e a Bloomberg noticiou que a Blackstone, a CVC Capital Partners, a Apollo Global Management e a EQT, bem como a operadora espanhola MásMovil, dona da Nowo, estariam na corrida. São estes potenciais interessados que são convidados a atribuir um valor por 100% da Altice Portugal.

Este valor serve à casa mãe para usar como referência da sua capacidade financeira, segundo as mesmas fontes.

Fonte próxima da Altice confirmou que está em curso um processo de atualização do valor das operações europeias, com vista a ganhar estofo para novos investimentos na Europa e no Mundo. Mas reiterou que não há um processo de venda em curso.

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