A Efapel, empresa portuguesa que fabrica produtos de aparelhagem para instalações elétricas, tomadas, interruptores, calhas técnicas e quadros elétricos, entre outros, prevê crescer em cerca de 20% o volume de negócios este ano, para cerca de 52,7 milhões de euros. Localizada em Serpins, na serra da Lousã, a empresa liderada por Américo Duarte, maior acionista, encerrou o exercício de 2020 com uma faturação de 43,9 milhões de euros, o que já havia representado uma subida a rondar os 5% face ao ano de 2019.
“Este ano subimos quer no mercado nacional, quer nas exportações, que valem cerca de 31% das nossas vendas.
Espanha é o nosso mercado estrela, onde a Efapel está a crescer a um ritmo superior ao mercado nacional desde há cerca de dez anos. Temos atualmente uma quota de mercado de cerca de 50% em Espanha. É um mercado que tem potencial de crescimento e que é cerca de seis vezes superior ao mercado nacional. A nossa participação no mercado de Espanha vai aumentar com o incremento das vendas, que terá um crescimento maior do que na média geral dos mercados onde estamos presentes. Em Espanha temos uma sucursal, em Vigo, aliás, como em França, nos arredores de Paris, St Germain-en-Laye, na região em que a Efapel considerou ter mais condições de sucesso”, explica Américo Duarte em entrevista exclusiva ao Jornal Económico.
Segundo este responsável, “a Efapel ou cresce ou morre”. “Como qualquer empresa, naturalmente, para crescer tem que ter meios. Visamos sempre os mercados onde possamos reunir as vantagens competitivas ou minimizar as desvantagens. Em termos de dificuldades, Espanha é um mercado que é afetado da mesma forma que o mercado nacional porque a logística hoje tem bons serviços. No que respeita a exportações, a seguir a Espanha, o mais importante são os mercados mais próximos de nós, como a França, a Alemanha, até Itália, onde ainda não temos mercado e que vamos agora abordar”, revela Américo Duarte. O empresário assinala que, dentro da Europa, “há ainda um outro mercado interessante de exportação que estamos a explorar, e que é a Rússia”.