Skip to main content

Gestão tem de ser capacitada para aproveitar tecnologia

As empresas tornarem-se organizações direcionadas pela inteligência obriga a uma transformação cultural, dizem os participantes na conferência “Liderar com Inteligência Artificial”.

Os gestores têm de ganhar competências para que as suas organizações possam utilizar melhor as capacidades da inteligência artificial, concordaram os participantes na conferência “Liderar com Inteligência Artificial”, promovida pela Microsoft Portugal e da qual o Jornal Económico foi media partner. Concluíram, também, que um maior aproveitamento de ferramentas para retirarem conhecimento dos dados passa por uma transformação cultural das empresas.

“A inteligência artificial não é mais do que trabalhar melhor com dados”, afirmou Sandra Miranda Ferreira, Customer Success Lead da Microsoft Portugal. “O mercado falou durante muito tempo em organizações data driven, direcionadas por dados, eu creio que estamos a entrar muito mais na era das organizações intelligence driven, direcionadas por inteligência”, disse.

Além de Sandra Ferreira, participaram na conferência “Liderar com Inteligência Artificial” Luís Carvalho, Senior Vice President of Technology, Global Platform, da Farfetch; e Ricardo Chaves, Chief Commercial Officer da SIBS.

Para que a “transformação profunda de cultura e operações suportadas por tecnologia cultural” seja possível, Sandra Miranda Ferreira refere que é necessário que as empresas funcionem de forma espartilhada, por departamento, sem que seja partilhada informação. “Temos de quebrar silos de dados”, afirma, acrescentando, também, que, de seguida, é necessário melhorar o acesso ao conhecimento gerado pelo tratamento de dados. “Quanto mais nós democratizarmos o acesso aos dados, mais a nossa organização consegue utilizá-los”, diz. Acrescenta, também, que é preciso melhorar a governança dos dados recolhidos e tratados, ou seja, garantir a qualidade dos dados e o cumprimento das regras estabelecidas.

Finalmente, é apontada necessidade de dotar os decisores de conhecimento sobre estas áreas. “Há aqui, também, uma [falta de] cultura de capacitação da gestão, de capacitação dos decisores de todos os níveis de coordenação das equipas”, diz Sandra Ferreira. “[A inteligência artificial] não é um tema de engenheiros – também é um tema de engenheiros –, porque se é um tema cultural e um tema organizacional, é um tema de todos”, diz.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico