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Jair Bolsonaro: Fugas, polémicas e discursos para os investidores

O presidente brasileiro esteve na cimeira de Davos e foi igual a si próprio. Com várias polémicas à mistura falou na urgência de reformas para o Brasil não se “arriscar” a ser uma Venezuela.

Sem Donald Trump, Emmanuel Macron,  Theresa May ou Xi Jinping, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi um dos principais protagonistas no Fórum Económico Mundial de Davos. Polémico, como  sempre, cancelou uma conferência de imprensa apenas 40 minutos antes desta começar. O assessor do chefe de Estado brasileiro, Tiago Pereira Gonçalves, afirmou aos jornalistas que Bolsonaro não iria dar prestar declarações devido à “abordagem antiprofissional da imprensa”. Antes, o seu departamento de comunicação tentou organizar um encontro com os média antes da reunião bilateral com o presidente italiano Giuseppe Conte, mas sem sucesso. Bolsonaro alegou falta de tempo. O presidente brasileiro alterou também as rotinas que estavam combinadas com outros membros do governo. Após almoçar com alguns investidores e traçar planos para o futuro do Brasil, encontrou-se com o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair e com o presidente suíço, Ueli Maurer. No entanto, depois destes encontros dirigiu-se para o hotel, em vez de ir para o centro de conferências onde deveria ter reunido com Sérgio Moro, ministro da Justiça, e Paulo Guedes, ministro da Economia. A participação na cimeira foi ainda marcada pelas alegações de irregularidades financeiras, que envolvem o seu filho mais velho, Flavio Bolsonaro. Desencontros à parte, acabou por dar uma entrevista à Bloomberg. À agência norte-americana garantiu que os planos para vender uma série de empresas públicas estão “quase prontos”, assim como a proposta de reforma da Segurança Social a ser enviada ao Congresso, que contempla cortes “substanciais” nas pensões e uma idade mínima para a reforma. Segundo o chefe de Estado, a aprovação da proposta é praticamente “certa”, até porque a situação financeira do Brasil não oferece alternativa.

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