Orson Welles, em “O Terceiro Homem”, referia-se à Suíça como um país lácteo e pacífico que apenas tinha dado ao mundo o relógio de cuco. Era injusto: a Suíça impôs a indústria relojoeira como uma arte que gere o dia a dia do planeta. O mundo da alta relojoaria tem como referência temporal a indústria suíça. É o seu Big Ben. Por isso tudo o que se passa nas duas maiores feiras de relógios do mundo, o SIHH (Salon International de la Haute Horlogerie), que se realiza em Genebra e é dominado pelo imponente grupo de luxo Richemont, e a Baselworld, de Basileia, acaba por refletir o presente da indústria e perspetivar o futuro próximo.